A Festa de Aniversário - SEM INFORMAÇÕES


Sinopse:

O espetáculo fez sua primeira temporada em setembro e outubro de 2017 no Teatro Poeira em Botafogo – RJ, sendo um grande sucesso de crítica e público, tendo duas indicações ao prêmio Cesgranrio de Teatro nas categorias de melhor atriz para Andréa Dantas e melhor iluminação para Bernardo Lorga.
 
Autor, poeta, roteirista e dramaturgo, Harold Pinter recebeu Nobel de Literatura em 2005 e firmou-se no século XX por oferecer ao público uma instigação do imaginário individual e coletivo, além de ter se destacado como um incômodo ativista político britânico.
 
Em A FESTA DE ANIVERSÁRIO, nem os componentes cômicos nem a ameaça subjacente constante devem ser desconsiderados. E, no entanto, os críticos raramente consideram Pinter como um dramaturgo cômico, apesar da alegação de inúmeros críticos e estudiosos das obras de Pinter, de que suas "comédias de ameaça são comédias reais, nas quais o humor se iguala ao horror a cada passo do caminho". 
 
O grotesco e o sublime 
As comédias de Pinter, de fato, dependem de uma constante sobreposição de comédia e ameaça, convidando os leitores e o público a perceber concomitantemente esses elementos antagônicos. Nossa proposta conceitual é trazer à tona a relação do grotesco e do sublime na obra em questão, a exaustão de um texto recheado de informações para a criação a princípio parece-nos uma prisão, mas ao ser entendida em seus mínimos detalhes, nos liberta do autor para assim deflagrarmos o qual o cerne da questão. Assim nosso caminho foi trilhado pelo grotesco e o sublime de Jean-Pierre Jeunet e Marco Caro; o grotesco escatológico de Fellini; por Etore Scola mostrando a miséria em toda sua crueza em “Feios, sujos e malvados”; além de Werner Herzog e Peter Greennaway. 
 
Como uma alusão aos velhos (e novos) tempos onde artistas são perseguidos por inúmeras razões, raça, credo, posição política e etc. Uma alusão aos tempos onde artistas são massacrados por defenderem uma política mais justa para todos, onde artistas são chamados de vagabundos... Um tempo perigoso onde o tom de ameaça e o fundamentalismo dominante em todo mundo busca censurar quem discorda de quem está no poder, e Stanley Weber, nosso pianista, que foi aleijado do mundo dos concertos por forças extremas, é encontrado pela dupla Gold e Max, que não deixará mais Stanley exercer sua arte. Numa alusão aos regimes que angariavam artistas para protege-los e punia seus traidores ou até mesmo às piores ditaduras como no Ato Institucional número 5.
 
HAROLD PINTER: [Meus primeiros trabalhos são muito mais políticos do que parecem à primeira vista (...). Quando você olha para eles, eles estão muito mais perto de um olhar extremamente crítico em posturas autoritárias - poder do Estado, poder familiar, poder religioso, poder usado para minar, se não destruir, o indivíduo, a voz questionadora ou a voz que simplesmente se afastou da dominação e se recusou a fazer parte de um conjunto facilmente reconhecível de padrões e valores sociais]
 
Este fato se torna bastante contundente com os dias de hoje, já que vivemos a mercê do alto fluxo de informações sobre tudo e todos, onde o resultado são apenas julgamentos fugazes e relâmpagos que se contradizem à medida que recebemos novas gamas de informações. Diversas questões são exploradas por Harold Pinter e pelo grupo num lúdico, articulado e flexível espetáculo, conduzidos pelo jogo de cena desenvolvido meticulosamente pela direção.
 
Segundo Eric Kahane, “O teatro de Harold Pinter revela um universo singular, cômico e aterrador, feito de subentendidos, mal-entendidos ou puros equívocos. Nele observa-se, como se fosse ao microscópio, personagens que vegetam confusamente, de quem quase nada se sabe e que, de repente, explode num confronto em que as palavras são armas mortais. Estamos no reino do falso para se atingir uma verdade que é ainda mais falsa. As perguntas que se colocam não são aquelas que nos vêm à cabeça e a resposta, ou a recusa de responder limita-se a aumentar o abismo da incompreensão. O pudor torna-se violência, o sorriso ameaça, o desejo impotência, a vitória desfaz-se."
 
“A combinação paradoxal de comédia e ameaça, um ‘o tom constante de ameaça’, 
com ‘a qualidade da comédia permanecendo inalterada’ 
(Wardle, 1958).
 
O espetáculo conta a caça enigmática de Stanley, um pianista “auto exilado” em uma pensão humilde em uma praia qualquer. Os donos Meg e Petey hospedam Stanley há um ano, o que faz dele um hóspede residente, o único em todo esse tempo. No suposto dia do seu aniversário os moradores recebem a inesperada e estranha visita de dois homens. A chegada dos novos hóspedes vai afetar o comportamento dos moradores desencadeando uma série de acontecimentos imprevisíveis.
 
Sobre o autor HAROLD PINTER
Harold Pinter foi um ator, diretor, poeta, roteirista, e certamente um dos grandes dramaturgos do século XX, além de destacado e incômodo ativista político britânico.  Um dos grandes representantes do teatro do absurdo, junto com Samuel Beckett e Eugène Ionesco, recebeu o Nobel de Literatura de 2005 e o prêmio Companion of Honour da Rainha da Inglaterra pelos serviços prestados à literatura. Pinter escreveu 29 peças. Entre as mais reconhecidas estão “A Festa de Aniversário”, escrita em 1957, “O Porteiro”, de 1959, “Traição” (Betrayal, 1978) e “Volta ao Lar”, (Homecoming, 1965).  Todas foram adaptadas ao cinema. Entre seus roteiros para cinema mais reconhecidos está “A Mulher do Tenente Francês (The French Lieutenant’s Woman, de 1981)”.
 
Sobre o diretor Gustavo Paso 
Diretor, ator, cenógrafo e dramaturgo, Paso acaba de completar 25 anos de teatro, dedica-se a direção de espetáculos, como encenador-dramaturgo tendo criado mais de 20 espetáculos.
Um dos mais importantes diretores da atualidade no eixo Rio/São Paulo, hoje é referencia de um Teatro conceituado e com uma marca de qualidade atestada por inúmeros sucessos de público e crítica: “Paso, um colecionador de Sucessos” O Globo. Seus recentes espetáculos: o infantil CASA CARAMUJO e sua ovacionada, TRILOGIA MAMET (Oleanna, RACE e Hollywood) receberam inúmeras indicações e prêmios desde então. 
 
Ficha Técnica:
A FESTA DE ANIVERSÁRIO de Harold Pinter
IDEALIZAÇÃO: Alexandre Galindo
TEXTO: Harold Pinter
TRADUÇÃO: Alexandre Tenório
DIREÇÃO: Gustavo Paso
ELENCO: Andrea Dantas, Gláucio Gomes, Nilvan Santos, Renato Peres, Alexandre Galindo, Raíza Puget, André Poyart (musico) e Maria Adélia (Stand in)
CENÁRIO: Gustavo Paso
FIGURINOS: Luciana Fávero
ILUMINAÇÃO: Bernardo Lorga
TRILHA SONORA: André Poyart
PROGRAMAÇÃO VISUAL: Thiago Ristow
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Alexandre Galindo 
PRODUÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA TEMPORADA: André Roman
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Duetto Comunicação
REALIZAÇÃO: Gênese Produções



Duração: 80 minutos


Temporada:
Sem Informações!


Contato:
(21) 4042-6662 | Rio no Teatro (Tel. e WhatsApp)


Classificação:
16 anos


Genero:
Comédia




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