Amar é o crime perfeito - SEM INFORMAÇÕES


Sinopse:

Inglaterra, 1954. No contexto da criminalização das relações homoafetivas, o espetáculo acompanha o reencontro de Richard e Philip, que se conheceram durante a 2a Guerra mundial. Richard está de noivado marcado com Juliet, quando Philip volta a Londres. As relações homoafetivas na Inglaterra, ainda que privadas, eram consideradas crime nesta época. Um grande amigo de Richard está sob investigação policial e isto sublinha a interdição deste reencontro, amplificados pelos interesses familiares e pela cultura repressiva de seu tempo.
 
O texto de Thales Paradela, autor premiado no concurso nacional de dramaturgia Seleção Brasil em Cena do CCBB, foi escrito a partir de uma cuidadosa pesquisa, na qual as referências históricas factuais interagem com as narrativas ficcionais dos personagens. Entrelaçam-se na rede ficcional do espetáculo, a celebração do centenário de nascimento de Oscar Wilde, o ruidoso julgamento de Peter Wildblood, além da trágica morte do matemático Alan Turing. Acontecidos em 1954, todos os eventos relacionam-se à criminalização das relações homoafetivas na Inglaterra. 
 
Produzido e idealizado por Ismael Fiorentin, o espetáculo conta com a direção de Paulo Trajano que aposta na universalização da empatia através do mergulho profundo na construção dos afetos e suas tensões. A criação técnica conta com cenários de Dóris Rollemberg, figurinos de Ronald Teixeira e a iluminação de Renato Machado. O elenco é composto por: Ismael Fiorentin, Cleiton Morais, Alexandre Dantas, Cláudio Pitanga, e Thales Paradela; contando com a participação especial de Maria Esmeralda Forte com mais de 60 anos de palco! 
 
CONTEXTO 1954, Inglaterra:
Em 1954, comemorava-se o centenário de nascimento de Oscar Wilde.  O grande poeta, escritor e dramaturgo Inglês havia sido preso em 1895 por acusações de cometer “atos imorais com diversos rapazes”. Oscar Wilde, com 40 anos à época, gozava de grande prestígio por conta de seus sucessos Literários e no Teatro, sendo uma das maiores figuras das artes britânicas em seu tempo. Isso fez com que o julgamento atraísse enorme atenção do público. Sentenciado a dois anos de prisão com trabalhos forçados, sua saúde ficou seriamente comprometida, ele acabaria morrendo três anos depois de sair da prisão, com a saúde debilitada e em ruína financeira.
 
Ainda em 1954, um novo ruidoso julgamento, envolvendo um conhecido aristocrata (Lord Montagu) e um jornalista (Peter Wildblood), atraiu a atenção de toda a Inglaterra. O impacto foi tão grande, que neste ano a Inglaterra constituiu uma comissão para avaliar a pertinência do decreto datado do século anterior que tipicava como criminosa a relação homoafetiva. Peter Wildblood, assumiu publicamente sua condição homossexual no tribunal, foi condenado a 18 meses de detenção e quando saiu da prisão tornou-se o primeiro ativista dos direitos humanos em questões homoafetivas. 
 
Ainda neste ano, houve a morte do matemático Alan Turing, grande herói de guerra Inglês, responsável por desvendar e traduzir os códigos de mensagens criptografadas alemãs na 2ª Grande Guerra. Considera-se que este processo encurtou a guerra em alguns anos. Alan Turing também é considerado o pai da computação, por ter desenvolvido e colocado em funcionamento o dispositivo que permitiu esta decodificação. Para evitar sua prisão por conta das acusações relacionadas à sua condição homossexual, Alan Turing aceitou passar por um torturante processo de castração química à base de hormônios. Encontrado morto em sua casa, suspeito de suicídio, que teria como pano de fundo o sofrimento causado por todo o processo. O governo Inglês fez um pedido público de desculpas a Alan Turing em 2009, o perdão da Rainha veio em 2013. 
 
O espetáculo aborda o conflito da expressão do afeto em um contexto preconceituoso e como isto condiciona, mas não extingue, as possibilidades amorosas. Esta é uma peça sobre a potência de uma história de amor a enfrentar e expandir os limites da percepção do ser humano sobre sua condição.
 
O AUTOR:
Dramaturgo, Poeta, Ator e Iluminador, consolidou sua formação em dramaturgia a partir de cursos (Nem York Film Academy, Domingos Oliveira, Plínio Marcos) e processos coletivos de criação (1o Núcleo de Dramaturgia do SESI/RJ – 2015). 
Premiado no 7º SELEÇÃO BRASIL EM CENA CCBB 2016, com 2 textos vencedores do concurso nacional de dramaturgia: “Um Caminho Para Sara” (CCBB Brasília, Mar/2016) e “Princípios Transgredíveis Para Amores Precários” (CCBB Belo Horizonte, Mar/2016). É autor ainda da peça “Vivo Demais Para Ser Feliz Impunemente” (Casa da Gávea 2013 e SESC Tijuca 2014). Publicou os livros “Vivo Demais Para Ser Feliz Impunemente” (2014) e “Pedra Curva Tempo” (2010). 
Como ator, atuou com diretores como Daniel Herz (“Coisas de Teatro", 2014) e Pedro Vasconcellos (“A Marca do Zorro”, Turnê 2010). Fundador da Cia Os Simpáticos Estranhos, protagonizou seus últimos espetáculos: Dois Velocistas no Globo da Morte (Direção Márcio Fonseca, 2017), Princípios Transgredíveis Para Amores Precários (Direção Rafael Sieg, 2017) e Vivo Demais Para Ser Feliz Impunemente, 2013/2014), entre outros.   
É professor da UERJ, Doutorado pela UFRJ com especialização na Université de Provence/FR (Faculté de Philosophie et Lettres).
 
A EQUIPE: Idealizado por Ismael Fiorentin, o espetáculo conta com um texto especialmente escrito para o projeto por Thales Paradela (2 premiações no Concurso Nacional de Dramaturgia do CCBB) a partir de importante pesquisa histórica. A direção do espetáculo fica por conta de Paulo Trajano (com mais de 30 anos de Teatro e professor universitário de Artes Cênicas), que aposta na universalização da empatia através do mergulho profundo na construção dos afetos. A criação técnica conta com Cenários de Dóris Rollemberg (prêmio Shell 2019 e outros), Figurinos de Ronald Teixeira (prêmio The Golden Triga 2011 e outros), a Iluminação é de Renato Machado (Prêmio Shell 2017 e outros) e a direção musical de Guilherme Miranda. O elenco é composto por: Ismael Fiorentin, Cleiton Morais, Alexandre Dantas, Cláudio Pitanga, e Thales Paradela; contando ainda com a participação mais que especial de Maria Esmeralda Forte com mais de 60 anos de palco! 
 
Ficha Técnica:
Texto: Thales Paradela
Direção: Paulo Trajano
Elenco: Ismael Fiorentin, Cleiton Morais, Alexandre Dantas, Cláudio Pitanga e Thales Paradela. Participação Especial: Maria Esmeralda Forte
Cenário: Dóris Rollemberg
Figurino: Ronald Teixeira
Iluminação: Renato Machado
Direção Musical: Guilherme Miranda
Produção Executiva: Marilha Galla
Idealização: Ismael Fiorentin
Produção: Artifiore



Duração: 75 minutos


Temporada:
Sem Informações!


Contato:
(21) 2018-2414 | Rio no Teatro


Classificação:
16 anos


Genero:
Drama




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