As Ondas ou Uma Autópsia - SEM INFORMAÇÕES


Sinopse:

Inspirado em romance de Virginia Woolf, As Ondas ou Uma Autópsia estreia no Rio de Janeiro no Teatro Poeira.
 
Espetáculo de Gabriel Miziara foi montado em 2016, nos 75 anos de morte da escritora norte-americana, e é inspirado no livro “As Ondas”.
 
Depois de várias temporadas com ingressos esgotados em São Paulo, o espetáculo As Ondas ou Uma Autópsia, com concepção e atuação de Gabriel Miziara, chega ao Rio de Janeiro para quatro apresentações no Teatro Poeira, entre 28 de junho e 1º de julho. O espetáculo é inspirado no romance “As Ondas”, de Virginia Woolf (1882-1941), e foi escrito em 2016, nos 75 anos de morte da escritora britânica.
 
A pesquisa para o espetáculo, em andamento desde 2012, nasceu da paixão do ator pela obra da autora. Ele é o primeiro espetáculo de uma trilogia dedicada a obra de Virginia Woolf, composta ainda por “Momentos de Vida”, baseado no livro homônimo e autobiográfico, e “Virginia”, criação inédita – que ainda não estrearam.
 
“As Ondas” é um romance conhecido como um dos mais radicais da escritora ao usar a técnica denominada “fluxo de consciência”. Assim como James Joyce, Gustave Flaubert, Marcel Proust, Samuel Beckett, entre outros, a autora em uma maneira impressionista de relatar as experiências vividas pelas personagens, carrega de subjetividade os seus discursos. “Ao mergulhar no interior de suas personagens, ao revelar cada detalhe, cada impressão, Virginia, abre um vasto território de jogo para a interpretação dramática. O mergulho vertical feito pela escritora é o mergulho que o intérprete tem de fazer para buscar em si as palavras escritas por ela”, aponta Miziara.
Sinopse baseada no livro “As Ondas”
 
Este romance-poema escrito em 1931 descreve através do nascer do sol até seu poente, as diversas fases das vidas de seis amigos: Jinny, Rhoda, Susan, Louis, Bernard e Neville. Os personagens manifestam seus pensamentos, anseios e vontades através de solilóquios, quase nunca existe um diálogo direto, tudo passa por dentro deles, ganha camadas, adquire relevos antes de ganhar o mundo; e cada um destes mundos é vasto, amplo, infinito. Além dos seis personagens existe um sétimo, mudo, apenas um espectro que acompanha os outros: Percival, o herói silencioso que morre no auge da sua vida. Percival é quem leva esta obra até o cerne angustiado da vida da escritora.
 
Sobre a encenação
Com projeções e recursos visuais tão intensos quanto o universo das palavras de Virginia Woolf e inspirados na poética de Olafur Eliasson, o cenário conspira para dilatar relações de espaço/tempo, real/imaginário e levar o espectador a uma reflexão sobre a Morte. Na sua vida, Virginia deparou-se várias vezes com a morte e cada uma delas foi decisiva para a profundidade de sua escrita e de sua visão de mundo. A morte de sua mãe, por exemplo, foi responsável pela sua primeira crise grave de depressão e sua primeira tentativa de suicídio.
“As Ondas” é uma homenagem a seu irmão, Thoby Stephen que morreu de febre tifoide com apenas 26 anos, uma das perdas mais significativas na vida de Virginia. A “autópsia” do espetáculoaparece aí. Segundo Miziara, na encenação o corpo de estudo é o romance e cada incisão, o olhar de cada personagem sobre a morte, seja ela metafórica ou real. ”A peça é um corpo aberto, uma anatomia poética mapeada, que busca a expressão mais fiel da dimensão íntima destas personagens em suas experiências com a morte”, completa.
Espetáculo “coletivamente” solo
Segundo Miziara, “As Ondas ou Uma Autópsia” é um espetáculo solo, pois emergiu, enquanto forma, em um monólogo, mas coletivo, porque foi criado pela fricção de vários pontos de vista, contando com a presença constante nos ensaios de alguns artistas colaboradores ou “provocadores”:o ator e diretor André Guerreiro Lopes, a atriz e pesquisadora Carolina Fabri, o dramaturgo Cássio Pires, o ator e diretor Elias Andreato, o multiartista, estilista e figurinista Fause Haten, a atriz e diretora Malú Bazan, a atriz e pesquisadora Patrícia Leonardelli e a bailarina, pesquisadora e escritora Sônia Machado de Azevedo.
 
Sobre Virginia Woolf 
Apesar das graves crises que enfrentou durante toda vida, Virginia Woolf (1882-1941) encontrou na escrita uma maneira de dar voz às suas angústias. Foi uma das principais vozes a defender o feminismo e a igualdade entre homens e mulheres.
Virginia Woolf foi uma das principais escritoras do Movimento Modernista do século XX; romancista, contista, ensaísta e editora inglesa. Nasceu em Londres, no dia 25 de janeiro de 1882, filha do editor Leslie Stephen, cresceu sob a influência da sociedade literária vitoriana. Sua vida foi conturbada; durante a adolescência sofreu abuso sexual por parte dos meio-irmãos e após a morte de sua mãe, de sua meia-irmã, de seu pai, e de seu irmão, entrou em profunda depressão.
Em 1910 ingressou no grupo de Bloomsbury, um círculo intelectual de artistas e escritores. Foi neste grupo que conheceu Leonard Woolf, com que se casou em 1912. Em 1915 publicou sua primeira obra “The Voyage Out”. Em 1917, junto com o marido, fundou a editora Hogarth Press.
 
A notoriedade e importância da sua obra ultrapassam a literatura e são objetos de estudo de: críticos literários, escritores, dramaturgos, cineastas, compositores, artistas plásticos, coreógrafos, atores e performers. Harold Bloom, um dos maiores críticos literários da atualidade, define Virginia Woolf como: “a mais completa pessoa-de-letras da Inglaterra de nosso século”.
Com sua extraordinária sensibilidade e visão de mundo, Virginia deixou como legado uma obra de potência inestimável, um recorte único do mundo e do homem. A escrita, a mulher, a arte, a literatura, o amor, a vida e morte e o impacto destes temas nas vidas de suas personagens, são colocados nos seus livros de um modo impressionista. Virginia revela cada detalhe, cada impressão e assim sendo, faz da sua escrita um vasto campo de jogo para a interpretação dramática.
Com sérios problemas depressivos, que se agravaram durante a segunda guerra, Virginia Woolf se suicidou no rio Ouse, perto de sua casa, em Sussex, na Inglaterra, no dia 28 de março de 1941.
Virginia deixou uma extensa obra composta por nove romances, três biografias, diversos contos, críticas literárias, diários e uma vasta correspondência entre ela e seus amigos.
 
Sobre Gabriel Miziara
Gabriel Miziara é ator, diretor e professor de interpretação dramática. Além de AS ONDAS OU UMA AUTÓPSIA, ele também atua em APROXIMANDO-SE DE A FERA NA SELVA, de Marina Corazza, com direção de Malú Bazán, que fica em cartaz no Teatro Poeira entre 14 e 24 de junho. Participou também dos espetáculos: “VOLPONE” de Ben Johnson, direção de Neyde Veneziano, “DISSECAR UMA NEVASCA” de Sara Strindberg com direção de Bin De Verdier, “NÃO SE BRINCA COM O AMOR” de Alfred de Musset, direção de Anne Kessler (ComédieFrançaise), “O HOMEM A BESTA E A VIRTUDE” de Luigi Pirandello, direção de Marcelo Lazzaratto.  Integrou a COMPANHIA ELEVADOR DE TEATRO PANORÂMICO por 14 anos, onde participou dos espetáculos: O monólogo “LOUCURA”; autores diversos; “IFIGÊNIA” de Cássio Pires; “DO JEITO QUE VOCÊ GOSTA”, de William Shakespeare (indicado ao PRÊMIO SHELL por sua pesquisa), “A HORA EM QUE NÃO SABÍAMOS NADA UNS DOS OUTROS”, de Peter Handke; “A ILHA DESCONHECIDA”, de José Saramago; “AMOR DE IMPROVISO” autores diversos. Como assistente de direção trabalhou com Elias Andreato, Lígia Cortez, Neyde Veneziano, Rui Cortez, Cristina Mutarelli e Marcelo Lazzaratto. No cinema é o protagonista do longa “CORTE SECO” de Renato Tapajós que estreou no Festival de Cinema Latino Americano de 2014 e que tem estreia prevista para circuito em 2015, participou também do longa “ESTAMOS JUNTOS” de Toni Venturi. Em televisão participou da série “SOMOS TODOS UM SÓ” da TV Cultura com direção de Toni Venturi. Como professor ministra aulas no Teatro-escola Célia Helena e Escola Superior de Artes Célia Helena. Formado na Escola Superior de Artes Célia Helena e Pós-graduando em Corpo: Dança, Teatro e Performance na mesma instituição.
 
 
Ficha Técnica:
Concepção e Interpretação: Gabriel Miziara
Dramaturgia: Gabriel Miziara 
Supervisão de Dramaturgia: Cássio Pires 
Supervisão de Direção: Carol Fabri e Malú Bazán 
Provocadores: André Guerreiro, Carol Fabri, Elias Andreato, Malú Bazán, Patrícia Leonardelli e Sônia Machado de Azevedo
Trilha Sonora: Rafael Zenorini e Gustavo Vellutini 
Produção Local: André Roman
Direção de Produção: André Canto
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio



Duração: 60 minutos


Temporada:
Sem Informações!


Contato:
(21) 4042-6662 | Rio no Teatro (Tel. e WhatsApp)


Classificação:
16 anos


Genero:
Drama




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