AWKWA - SEM INFORMAÇÕES


Sinopse:

Um encontro casual, no Rio de Janeiro, de dois artistas cariocas que vivem no exterior, foi o ponto de partida para a criação de AWKWA, um espetáculo teatral que trata da experiência de ser estrangeiro, migrante. O ciclo se completa agora com a estreia mundial do espetáculo no Rio, no Espaço Cultural Municipal Sergio Porto, a partir do dia 17 de fevereiro (sábado), e em Niterói, no Teatro da UFF (dias 27 e 28/02).
 
Dado Amaral, ator e cineasta, mora em Paris, na França. Marta Chaves, atriz circense, vive em Sollebrunn, na Suécia, onde é a sede de sua companhia, o Teatro Baó. Para Marta, a estreia de AWKWA marcará também o seu retorno ao Brasil - será a primeira vez que ela se apresentará aqui desde que se mudou para a Europa, há 21 anos, quando fazia parte do Cirque du Soleil. Nas apresentações no Rio, o espetáculo terá a participação especial do músico Alexandre Brasil, contrabaixista da Orquestra Sinfônica Brasileira, que tocará a trilha incidental que compôs para a peça, além de acompanhar Dado nas canções ao vivo.
 
O espetáculo AWKWA dialoga com a performance, o teatro físico e a dança. Ele aborda a experiência de viver em um novo lugar, um novo país, da estranha sensação de sentir-se inadequado todos os dias. Um sentimento que não é incomum – podemos nos sentir estrangeiros em nosso país, em nossa cidade, às vezes mesmo em nossa própria pele. O espetáculo começou a ser concebido à distância - Marta na Suécia, Dado na França. O primeiro encontro dos dois para trabalharem juntos foi em novembro de 2015, em Paris. Eles decidiram, então, entrevistar pessoas que vivem há muito tempo no exterior e Dado sugeriu um termo em inglês para o trabalho: awkwards. Uma flexão, no plural – que não existe – do adjetivo awkward, que quer dizer estranho, complicado, difícil, desajeitado, inadequado.
 
“Ver o mundo por outra perspectiva, deslocar o ponto de vista de seu lugar ‘natural’. Falar uma nova língua, com o substrato da língua materna transparecendo no sotaque. O novo idioma falado de outra forma, de maneira vacilante, gaguejante. Buscar palavras e não encontrá-las, empregar termos inadequados, utilizar vocábulos em sentido diferente do original. O próprio pensamento, baseado em matrizes distintas, muitas vezes conflitantes com o modo de pensar local. A corporalidade diferente, mover-se de outra forma, dançar de maneira facilmente distinguível. É sobre este vão, este “gap” entre o modo local e o modo estrangeiro de fazer o local – linguagem, corpo, pensamento – que se constrói nosso trabalho”, comenta Marta Chaves.
 
A partir dos depoimentos, Dado criou canções que tratam da condição do estrangeiro e Marta desenvolveu uma coreografia aérea para cada canção. Apesar da particular rotina de trabalho, entre França e Suécia, a cada mês em um país, foram nascendo situações, cenas, personagens. Dado escreveu alguns textos; Viviana Méndez Moya, artista plástica chilena radicada em Paris, convidada para a direção de arte do espetáculo, criou cenas. No fim de 2016, o projeto do espetáculo foi contemplado pelo edital sueco Frispel para o desenvolvimento do trabalho.
 
Um ensaio geral para convidados, em julho de 2017, no Point Ephémère (Paris), selou o novo rumo do espetáculo. Após oficinas intensivas com o coreógrafo chileno Jose Vidal e a diretora carioca Adriana Schneider Alcure, a peça deu uma grande virada, mudou de nome – passou a chamar-se AWKWA – e fez a arrancada final para sua realização.
 
“Vejo o espetáculo como um processo contínuo, no qual a cada apresentação vemos um instantâneo, um retrato do estado atual do trabalho. É um espetáculo em constante transformação. Há elementos que permanecem desde o início, como as canções Jesuíno e Ser estranho, e as coreografias aéreas de Marta (que, no entanto, foram mudando no decorrer do processo). Por isso, penso no espetáculo como uma espécie de jogo de armar, do qual tiramos e colocamos ‘peças’: canções, números aéreos, coreografias, textos”, comenta Dado Amaral.
 
Ficha Técnica:
De e com: Marta Chaves e Dado Amaral 
Participação especial do músico Alexandre Brasil (contrabaixo)
Direção coletiva: Dado Amaral, Marta Chaves, Viviana Méndez Moya – com colaboração especial de Adriana Schneider Alcure 
Concepção visual: Viviana Méndez Moya, Marta Chaves
Coreografia aérea: Marta Chaves
Coreografia: Marta Chaves e Dado Amaral, com contribuição de José Vidal
Canções originais: Dado Amaral
Letras: Dado Amaral, Beo da Silva, Beto Valente e Walter Daguerre
Trilha incidental: Alexandre Brasil
Texto: Dado Amaral
Colaboração dramatúrgica: Adriana Schneider Alcure e Paloma Vidal
Com o apoio do Frispel Kulturnämnden VG regionen e Konstnärsnämnden



Duração: 70 minutos


Temporada:
Sem Informações!


Contato:
(21) 3674-7511


Classificação:
Livre




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