Qual o coletivo de humoristas? No dicionário é difícil de achar, mas no Teatro Dulcina atende pelo nome de “Comédia Carioca”. Criado em 2009, o show já foi apresentado em conhecidas casas de espetáculos da cidade e, neste mês, chega ao Teatro Dulcina, no Centro do Rio. “Comédia Carioca” estreia dia 24 de outubro e fica em cartaz até 21 de novembro, às quartas-feiras, 19h. O espetáculo, sempre variado, é um excelente programa para relaxar depois de um dia cansativo de trabalho.
Assim como o teatro, o grupo de Stand-up Comedy também se encontra em uma nova fase, totalmente reformulado. Em vez de um ter um elenco enxuto, o projeto passa a funcionar como uma cooperativa de humoristas de cara limpa que conta com cerca de 20 nomes. Entre eles, estão comediantes que também buscam dialogar com outros elementos teatrais que fogem do stand-up clássico.
Um deles é o criador da atração, Marcos Castro, que tem se destacado na internet com a série Um Joystick, Um Violão, que consiste em uma coletânea de paródias de clássicos da MPB, tomando como referência a temática do mundo dos games. Atualmente, ela já contabiliza mais de dez milhões de visualizações no YouTube. Segundo o comediante, o público quer ter acesso a este tipo de atração, porém está mais exigente. “As pessoas querem ter acesso a artistas com perfis diferenciados. Justamente por isso achamos que seria interessante ampliar o elenco”, diz.
Além dele, o time de comediantes conta com Filipe Pontes, que participa do humorístico Zorra Total, Paulo Carvalho, Ulisses Mattos, Lucas Moreira, Raphael Ghanem, Anderson Gago, Pedro Pan,Ramon Ribeiro, Léo Ramos, Raul Franco, Paulo Vinnicius, Hugo Veríssimo, Henrique Feorowicz, Junior Chicó e Matheus Mattos. De acordo com Rafael Studart, que também integra a equipe e apresenta o Prêmio Multishow de Humor, ter um espaço unificado e democrático é um ótimo primeiro passo para fortalecer a cena do Stand-up carioca, ainda mais se tratando do Teatro Dulcina. “Acredito que com uma divulgação adequada, se as pessoas começarem a criar o hábito, tem muita chance de sucesso. Torço muito por isso”, afirma.
Henrique Fedorowicz, que também está no grupo desde que foi fundado, acredita que o projeto tem tudo para dar certo. "Ao final de cada dia de trabalho, geralmente surge o cansaço e o estresse e não há nada melhor que uma boa dose de risadas para combatê-los. Como muitos que atuam nos escritórios dessa região não têm pique para chegar em casa e se deslocarem novamente até o teatro, fica mais fácil levar o humor para perto deles. Ou seja, já que Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé", brinca.