Eliane Giardini e Gustavo Gasparani estreiam Édipo Rei

Um dos mais importantes textos da dramaturgia ocidental e um dos pilares da nossa cultura entra em cena no Espaço Sesc

 

 

A peça-mãe de todas as peças, um elenco que reúne parte do panorama da história recente do teatro brasileiro e um diretor considerado um dos mais ousados de sua geração. Assim, Édipo Rei, de Sófocles, estreia dia 08 de novembro no Espaço SESC para temporada até dezembro.

 

Gustavo Gasparani, Eliane Giardini, César Augusto, Fabianna de Mello e Souza, Pietro Mario Bogianchini, Thiago Magalhães, Nina Malm e Louise Marrie, com participação especial de Amir Haddad e Rogério Fróes – um elenco com diferentes gerações e estilos de teatro marca esta nova versão da tragédia de Sófocles, todos regidos pelo diretor Eduardo Wotzik, que assina também a tradução e adaptação do texto em parceria com Fernanda Schnoor.

 

Eduardo Wotzik, um dos criadores do Grupo Tapa, vem de experiências em textos clássicos como Tróia, de 1993, baseado no ciclo troiano de Eurípides, eleito um dos cinco melhores do ano, assim como Bonitinha, mas Ordinária, de Nelson Rodrigues (1992). O Interrogatório, seu ultimo trabalho, colocou em cena, durante 24 horas – numa vigília cênica realizada nos teatros Laura Alvim e Tom Jobim – 40 atores relatando os horrores do nazismo num texto de Peter Weiss sobre o julgamento de Frankfurt.

 

Gustavo Gasparani dá vida a Édipo, depois de se dedicar a um travesti na peça As Mimosas da Praça Tiradentes – pelo qual está indicado como melhor ator ao Prêmio Shell deste ano – e ao radialista Gentil Soares na novela Cheias de Charme. Eliane Giardini, há cinco anos sem fazer teatro, salta da tela deAvenida Brasil da TV Globo direto para o papel da rainha Jocasta, enquanto Amir Haddad volta ao palco como ator, depois de anos atuando somente como diretor do Grupo Tá na Rua, e se entrega ao personagem Tirésias.

 

E a eles soma-se Rogério Fróes, veterano no teatro que ao longo de mais de 52 anos de carreira e inúmeros prêmios, tanto como ator como diretor, que incorpora o personagem Pastor e Pietro Mário, o nosso herói infantil Capitão Furação, sucesso dos primórdios da TV Globo, e também ator de filmes comoCopacabana, de Carla Camurati, apresenta o Emissário, com sua voz grave e profunda. Por sua vez Cesar Augusto, um dos fundadores da Cia dos Atores e criador do TEMPO_Festival das Artes, nos traz o Creonte, e Fabianna de Mello e Souza, que vem da referência de um teatro de vanguarda em seus dez anos no Théâtre du Soleil, agora vive um personagem clássico, o Corifeu. Johnny Luz faz o Arauto e Nina Malm e Louise Marrie, as duas filhas.

 

Ao som de tambores, a clássica história trágica do rei de Tebas é recriada nos dias de hoje numa versão pop – no sentido de popular – trazendo a beleza de todas as sensações humanas do texto, numa linguagem acessível e atual, onde a emoção e o belo são sinônimos de diversão e aprendizado.

 

Édipo Rei é um dos mais importantes textos da dramaturgia ocidental e um dos pilares da nossa cultura. Édipo acredita que é filho dos reis de Corinto. Um oráculo profetizou que mataria o pai e se casaria com a própria mãe, por isso foge. Encontra um homem idoso e seus cinco criados e, tendo se desentendido com eles, mata-os. Ao chegar a Tebas, livra a cidade da terrível Esfinge, decifrando um dos seus enigmas. Como recompensa, é feito Rei de Tebas e casa com Jocasta, a Rainha, cujo antigo marido, o Rei Laio, fora assassinado pouco tempo antes. Tempos depois a peste abate sobre a cidade e Édipo, tentando revelar os motivos ocultos de tal praga, acaba por descobrir que o velho que matara na estrada era o antigo Rei Laio e que este era seu verdadeiro pai e Jocasta sua mãe.

 

– Esta é uma peça que me persegue há tempos, revela o diretor Eduardo Wotzik. – Foi minha tese de psicologia e de tempos em tempos volto a ela. Tenho a impressão que tudo que fiz até hoje em teatro foi uma preparação para que um dia pudesse me debruçar objetivamente em sua montagem. Carentes de grandeza que estamos, o contato com essa tragédia representa, sempre, uma rara oportunidade de surfar pelo belo, pelo íntegro, de nos lembrarmos que somos sujeitos.

 

– Junto com Hamlet, Édipo é um dos mais difíceis e adoráveis desafios na carreira de um ator –, acrescenta Gasparani. O fato de ter vindo de várias comédias e musicais é ótimo, porque agora vou para o lado oposto. E este é o bacana da profissão: o salto ornamental que existe entre os personagens e todos os riscos que isto implica. 

 

– Édipo tornou-se a mais perfeita de todas as tragédias gregas e seu singular poder não se apagou depois de vinte e cinco séculos. Sófocles transformou-a num instante crucial do teatro, num momento decisivo do drama, e, provavelmente, na melhor peça de todos os tempos. Exige de nós intérpretes preparo, pesquisa e originalidade, entre outros quesitos que me deixam cheio de entusiasmo nesta sua montagem – completa o diretor.

 

A este time juntam-se outros craques da cena teatral: Bia Junqueira na cenografia, Marcelo Olinto com os figurinos, Maneco Quinderé na iluminação eMarcelo Alonso Neves assina a direção musical. 




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