No espetáculo Dois Perdidos numa Noite Suja, Paco e Tonho dividem um quarto numa hospedaria barata e durante o dia trabalham como carregadores no mercado. As personagens discutem sobre suas vidas, trabalho e perspectivas, mantendo uma relação conflituosa. O tema da marginalidade permeia todo o texto. Paco é o detentor do sapato, e durante toda a peça, abusa de seu poder, chacoteando Tonho, que alega só precisar de um calçado novo para conseguir um bom emprego. Na montagem de Breque, são exploradas vertentes das danças populares, lutas e acrobacias intensificando os conflitos presentes no texto.
Na adaptação, o sapato - principal símbolo de poder - é o elemento do jogo. As atrizes alternam a apropriação do sapato, tendo como consequência a alteração dos papéis, estabelecendo assim, trocas nas relações de poder, o que requer um grande dinamismo e domínio de suas corporeidades.
A montagem de Breque durou dois anos e foi desenvolvida através de uma pesquisa sobre movimento, gesto e ação, baseada nos estudos de Jacques Lecoq e Rudolf Laban. Através de exercícios que estimulavam tensões em dupla ou individuais como empurrar/ser empurrado, puxar/ser puxado, carregar/ser carregado, entre outros, foram adicionadas intenções através da coluna vertebral, que se transformaram em partituras físicas que foram inseridas na cena.
Serviço:
O quê: Breque, uma releitura de Dois Perdidos numa Noite Suja, de Plínio Marcos
Data: 04, 05, 06 / 11, 12, 13 de abril (quintas, sextas e sábados)
Local: Espaço Arte Hostel: Rua Silveira Martins, 135 – Catete – Rio de
Janeiro - RJ
Horário: 20h30
Duração: 60 minutos
Ingressos: R$ 15,00 / R$ 7,50 (meia-entrada / lista-amiga)
Lotação: 40 lugares.
Contato: (21) 3738-6305 / ciaplumbea@gmail.com