Oi Futuro apresenta peça inspirada na cena rock dos anos 1970 e 1980: Horses Hotel

O Oi Futuro no Flamengo apresenta a partir do dia 19 de abril “Horses Hotel”, com apresentações de quinta-feira a domingo até 2 de junho, sempre às 20h. A peça tem texto e direção de Alex Cassal, que divide a dramaturgia com Clara Kutner.

Durante abril e maio, o palco do Oi Futuro vai se transformar em um quarto de hotel aberto a concertos e solos de guitarra. Sob direção musical de Amora Pêra e Paula Leal, os atores executarão trilhas ao vivo inspiradas nos primeiros anos do punk rock. O decadente Horses Hotel é refúgio de artistas e marginais, cenário de um triângulo amoroso. Em cena, uma série de outros moradores convivem com eles: roqueiros, dramaturgos, colecionadores de arte e viajantes se equilibrando entre a fortuna e a ruína. As relações dessas personagens abordam ideias sobre amor, lealdade e liberdade. Horses Hotel é uma realização da Akutner Produções, tendo sido contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2013 e patrocínio da Oi através de incentivo fiscal da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro.

A atriz e produtora Ana Kutner aliou-se aos atores Renato Linhares e Emanuel Aragão e ao músico Roberto Souza para dar vida a uma história que evoca o fim da década de 1970 e o início dos anos 1980. “Nos anos 1970, estes personagens eram jovens, acreditavam na arte e em si mesmos. É uma love story punk rock”, sintetiza Ana Kutner, de quem partiu a ideia original para a criação de “Horses Hotel”. “De certa forma, estou revisitando minha própria vida. Também peguei um pouco desta atmosfera no início dos anos 1980”, completa.

Além de desenvolver o projeto com o dramaturgo Alex Cassal e a diretora Clara Kutner, Ana convidou Amora Pêra e Paula Leal, do grupo Chicas, para que tanto ela como os atores incorporassem os instrumentos musicais à cena. A ficha técnica também conta com o cenógrafo Guga Feijó, a artista plástica Ana Durães, o figurinista Antônio Medeiros e a coreógrafa Alice Ripoll. Marina Provenzzano é assistente de direção.

“Uma perspectiva possível do espetáculo é a da transformação. As personagens são pessoas que exploraram as possibilidades desafiadoras desta mistura entre arte e vida. E sua história nos seduz porque fala da nossa vontade de manter vivos os ideais de juventude, a vontade de transformar a nós mesmos e ao mundo”, define o autor e diretor Alex Cassal. Nos últimos dois anos, ele mergulhou no desenvolvimento do texto, a partir de uma exaustiva pesquisa dos anos 1970 e 1980. Cassal é parte do Foguetes Maravilha, grupo criado com o ator e músico Felipe Rocha, responsável por sucessos recentes como “Ninguém falou que seria fácil”. Em 2012, Cassal dirigiu “Uma história à margem”, em que o poeta Chacal falou da própria vida e de sua obra.

A montagem de “Horses Hotel” investe na força expressiva dos atores, que vivem a juventude e maturidade dos moradores deste hotel. A fluidez das relações cria um camaleônico triângulo amoroso, que vai desde a delicadeza do primeiro beijo até a exploração de novos papéis sexuais. A narrativa transita por referências brasileiras e estrangeiras, como Cássia Eller, The Who, The Doors, Andy Warhol e Wally Salomão, Lou Reed e Arthur Rimbaud, “Blow-up” e “Macunaíma”, Sex Pistols e Tropicália, bed-ins e parangolés.

Atriz e produtora, Ana Kutner já trabalhou com diretores como Antunes Filho, Antônio Abujamra e Ulisses Cruz. A co-diretora Clara Kutner, diretora de programas televisivos como “Aline” e “Tapas & Beijos”, é também coreógrafa e fundou o grupo Toca Madera que mistura música e dança. Completando o elenco, Emanuel Aragão e Renato Linhares vêm de experiências que combinam o teatro, a dança e a performance.