Dias de Setembro estreia no Solar de Botafogo

Inspirado pela ideia de “amor fluído”, do sociólogo Zygmunt Bauman, onde defende o processo de liquefação dos laços sociais como uma instauração da modernidade, caracterizada principalmente pela incerteza em todos os campos da interação humana e a ausência de padrões reguladores precisos e duradores.

A peça, que também têm influências do livro “Os dragões não conhecem o paraíso”, de Caio Fernando Abreu; narra à história de Henrique, um rapaz que, numa noite fria de setembro, tenta escrever uma carta de amor para Eduardo, seu ex-namorado. Após um ano de separação, Henrique tenta entender as verdades do amor contemporâneo.

Outro tema recorrente na peça é a homossexualidade. Apresentada aqui não como uma coisa descoberta de primeiro contato e nem mitificada, mas sim como cotidiano de uma relação homossexual.

Submerso nesse contexto, o personagem divide seu relacionamento em quatro fases: início, paixão, crise e fim, buscando nas experiências da plateia obter respostas para suas inquietações. Para piorar mais ainda a situação do personagem, uma nova ´tempestade´ está se formando e Henrique não sabe ao certo como lidar com ela novamente.

Segundo o diretor Lucas Sancho, na proposta cênica de “Dias de Setembro”, a interação com a plateia é fundamental, ela funciona como uma espécie de conselheira de Henrique. “O espectador poderá escrever parte da dramaturgia, inferir de forma direta no espetáculo, orientando o personagem nessa saga na busca de entender o amor líquido. O protagonista é rico de fraqueza e inconstância sentimental, estando quase sempre à flor da pele, agindo por instinto”, ressalta o ator.

Ficha Técnica 
Dramaturgia, Direção e Interpretação: Lucas Sancho
Supervisão de Ambientação: Paulo Denizot
Trilha Sonora: Banda Encarne
Produção Executiva: Carolina Hiller 
Direção de Produção: Rodrigo Medeiros 
Realização:R+Marketing