Com interpretação de Fernanda Azevedo, atriz vencedora do Prêmio Shell 2013 de Teatro, a montagem fala sobre o “estado de exceção permanente e a violência praticada pelo Estado”, através de matérias jornalísticas, imagens e depoimentos reais.
No ano em que o golpe militar no Brasil completa 50 anos, a Kiwi Companhia de Teatro volta à cena com Morro Como Um País - Cenas sobre a violência de Estado. O espetáculo dá continuidade ao trabalho de pesquisa da Kiwi, desenvolvido com foco na reflexão política, social e estética. O espetáculo não segue um padrão tradicional de encenação. Não há uma história com princípio, meio e fim. A referência para a encenação é o texto literário Morro Como Um País, escrito em 1978 por Dimitris Dimitriadis, um relato poético de como o povo grego viveu a “ditadura dos coronéis” (1967/1974).
A peça coloca em foco a discussão sobre o “estado de exceção permanente”, definido pela suspensão de direitos, mesmo em períodos de aparente “normalidade democrática”. São situações em que a ilegalidade toma a aparência de legalidade. Também apresenta momentos históricos de especial tensão entre o desejo de transformação e de justiça social e a violência praticada pelo Estado.
Serviço:
O quê: Morro Como Um País - Cenas sobre a violência de Estado
Quando: Quarta, 23 de abril, às 20h (a temporada vai até o dia 2 de maio, sempre de quarta à sexta)
Onde: Sede das Cias, Rua Manuel Carneiro, 12 - Escadaria Selarón – Lapa – Rio de Janeiro
Quanto: Ingressos gratuitos, distribuídos meia hora antes do início do espetáculo.
Capacidade do espaço: 70 pessoas
Classificação etária: 12 anos
Duração: 1h35min
Gênero: Teatro Documentário
Por Alessandro Moura