Nos dias 20 e 21 de setembro (sábado e domingo), às 16 horas, o projeto de ocupação Dulcinavista, no Teatro Dulcina, receberá o espetáculo "O confuso e misterioso roubo das vírgulas". Com dramaturgia e direção de Pedro Emanuel e texto original de Iuri Kruschewsky, a peça não só entretém a criançada, mas estimula o conhecimento da língua portuguesa. No elenco, Eduardo Parreira, Julia Mendes, Mario Terra, Pedro Casarin e Zeca Richa.
Desenvolvido pelo Galpão Gamboa, o projeto Dulcinavista vai até novembro e conta com espetáculos para o público adulto e infantil. A direção artística é de Marco Nanini e Fernando Libonati e curadoria de César Augusto.
O confuso e misterioso roubo das vírgulas
Num simpático sítio no interior, um crime inusitado acontece: todas as vírgulas são roubadas. Cartas, cheques, receitas de comida e tudo o que possa ser escrito respeitando a utilização das vírgulas está ameaçado. Antes que a pacata cidadezinha fique muito prejudicada pelos roubos, um trio da pesada entra em ação a fim de solucionar o caso. Joãozinho (Zeca Richa), Fabiana (Julia Mendes) e Pedroca (Mario Terra) mergulham fundo numa divertida investigação.
"Quando o Iuri nos contou a história de seu livro infantil sobre o roubo das vírgulas, imediatamente ficamos fascinados com o enredo e tivemos a ideia de adaptá-lo para o teatro. Traduzir em cena as palavras deste divertido texto foi um jogo instigante e prazeroso", observa Pedro, parceiro de Kruschewsky também na Companhia Sala Escura de Teatro. "Decidi escrever para as crianças, pois acredito que essa é a fase fundamental para criação do público que irá frequentar os teatros e as bibliotecas da cidade", completa Kruschewsky.
Em cena, o primeiro roubo acontece na carta que Joãozinho escreve para sua amiga Fabi. Sem as vírgulas, a carta perde seu sentido e muda completamente as intenções do menino. Depois, somem da receita de bolo fazendo com que este acabe por solar, depois das contas da vovó Vitória, gerando um valor muito mais alto que o real. As vírgulas passam a desaparecer de todo tipo de documento escrito e levam a cidade ao estado de alerta geral. Joãozinho, de 10 anos, Fabiana, de 9, e Pedroca, de 6, percebem que o sítio da vovó fica enlouquecido com estes roubos e decidem investigar quem é o ladrão das vírgulas, pois sem elas tudo que é escrito perde o sentido, com os moradores mal conseguindo se comunicar.
"Não se pode falar com a criança como se ela fosse desprovida de inteligência. Nossa proposta é entreter, mas com qualidade, fazendo com que a garotada adquira conhecimento", continua Pedro, num discurso que encontra eco em Kruschewsky. "As crianças do século XXI vivem cercadas pela Internet, pelos celulares e videogames portáteis. Cada vez mais escrevem abreviando as palavras e sem respeitar a pontuação. Escrevi esse texto como forma de resgate à língua portuguesa e, principalmente, um resgate da criança que brinca na rua, com os pés no chão, sujos de lama", diz o autor, que é filho de escritor e jornalista. Na peça, as músicas aparecem como um recurso narrativo: ela colabora com a ação realizada pelos personagens. Além disso, os atores também tocam guitarra, ukelelê e violão.
Sobre a Cia em Obra
A companhia atualmente é formada por Eduardo Parreira, Julia Mendes, Mario Terra, Pedro Emanuel, Pedro Casarin, Zeca Richa e pela produtora Luísa Barros. O espetáculo "Não há melhor lugar do que a nossa casa" marcou o início da trajetória da companhia e, em 2012, voltou à cena, desta vez na Sede das Cias. A montagem é fruto de uma pesquisa realizada pela Cia em Obra acerca dos movimentos que tornam possível escrever palavras e gestos que dancem.
Ficha Técnica
Texto original: Iuri Kruschewsky
Dramaturgia e direção: Pedro Emanuel
Elenco: Eduardo Parreira, Julia Mendes, Mario Terra, Pedro Casarin e Zeca Richa
Iluminação: João Gioia
Cenário: Carlos Augusto Campos
Figurino: Tiago Ribeiro
Adereços: Waleska Laine
Letras e melodias: Cia em obra
Iluminadora assistente: Ana Luzia de Simoni
Costureira: Linda Carvalho
Montagem cenotécnica: Articulação Cenográfica
Direção musical: Jonas Hammar
Realização: Cia em Obra
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre
Serviço
Datas: 20 e 21/09 (sábado e domingo)
Horário: 16 horas
Local: Teatro Dulcina
Capacidade: 300 lugares
Endereço: Rua Alcindo Guanabara, 17 - Centro
Telefone: (21) 2240-4879
Ingressos: R$ 10 (inteira)/R$ 5 (meia)
Bilheteria: de quarta a domingo, das 14h às 19h