A 24º edição do Prêmio Shell foi realizada na noite da última terça-feira no Jockey Clube, na cidade do Rio de Janeiro. Na ocasião Bárbara Heliodora foi homenageada pelos 54 anos de trabalho com crítica teatral.
O ator José Mayer Indicado ao troféu de melhor ator por "Um Violinista no Telhado", perdeu o disputado prêmio para Charles Fricks, da peça "O Filho Eterno". Outro favoritos também não levaram a concha: "Judy Garland - o fim do arco-iris", teve indicações de melhor ator, para Gracindo Júnior, e de melhor atriz, para Cláudia Netto. Quem ficou com a horaria foi Dani Barros, a protagonista de "Estamira - a beira do mundo".
Quem levou o prêmio de melhor direção foi Christiane Jatahy o pelo espetáculo "Julia", uma adaptação do texto de Strindberg.
Com quatro indicações, "Crônica de uma Casa Assassinada" , saiu vencedor do prêmio de melhor figurino, comemoração de Gabriel Villela. Apesar de também ter tido quatro indicações, "Palácio do Fim", dirigido por José Wilker, não venceu nas categorias de direção, de atriz (Vera Holtz) e de figurino, mas levou a Concha Dourada de melhor iluminação para Maneco Quinderé.
Fernanda Montenegro homenageou a crítica Bárbara Heliodora na oportunidade: "Bárbara, você ama o teatro passionalmente. Diante dele, você nunca foi uma moça comportada. Já tive espetáculos desancados por você e hoje eu posso dizer que você estava certa!" Aos 88 anos e ainda em plena atividade, a maior autoridade brasileira em William Shakespeare declara estar feliz com o teatro nacional. "Finalmente o teatro brasileiro atinge o seu objetivo que é o de refletir sobre o mundo no qual ele é escrito."
Veja a lista completa dos indicados e dos premiados:
Ator
Charles Fricks, por "O Filho Eterno"
Gilberto Gawronski, por "Ato de Comunhão"
Gracindo Junior, por "Judy Garland - o fim do arco íris"
Rafael Primot, por "Inverno da Luz Vermelha"
José Mayer, por "O Violinista no Telhado".
Atriz
Dani Barros, por "Estamira - Beira do Mundo"
Claudia Netto, por "Judy Garland - o fim do arco-íris"
Vera Holtz, por "Palácio do Fim"
Débora Olivieri, por "Rosa"
Letícia Isnard, por "A estupidez"
Direção
Christiane Jatahy, por "Julia"
Inez Viana, por "Amor Confesso"
José Wilker, por "Palácio do Fim"
Daniel Herz, por "Adultério"
Gabriel Villela, por "Crônica da Casa Assassinada".
Autor
Felipe Rocha, por "Ninguém falou que seria fácil"
Eduardo Bakr, por "4 Faces do Amor"
Rodrigo Nogueira, por "Obituário Ideal"
Pedro Brício, por "Me Salve, Musical".
Música
Marcelo Castro, por "Um Violinista no Telhado"
Liliane Secco, por "4 faces do amor"
Warley Goulart, por "Não me diga Adeus"
André Aquino e João Bittencourt, por "R & J de Shakespeare, juventude interrompida"
Iluminação
Maneco Quinderé, por "Palácio do Fim"
Fernanda Mantovani, por "Breve Encontro"
Aurélio de Simoni, por "O Filho Eterno"
Domingos Quintiliano, por "Crônica da Casa Assassinada"
Figurino
Gabriel Villela, por "Crônica da Casa Assassinada"
Beth Filipecki e Renaldo Machado, por "Palácio do Fim"
Marcelo Pies, por "Judy Garland - o fim do arco íris"
Flávio Graff, por "Outside: um musical noir"
Cenário
Fernando Mello da Costa, por "Um coração: Fraco"
Daniela Thomas, por "Inverno da Luz Vermelha"
Marcelo Lipiani, por "Julia"
Marcelo Lipiani e Lídia Kosoviski, por "Cozinha e Dependências - um dia como os outros"
Márcio Vinícius, por "Crônica da Casa Assassinada"
Categoria Especial
Teatro Tablado, pelos 60 anos de atividade; e Marcia Rubin, pela direção de movimento dos espetáculos "Escola do Escândalo", "O Filho Eterno", "A Lua vem da Ásia" e "Outside: um musical noir"
Christiane Jatahy, pela adaptação do clássico "Senhorita Julia", de Strindberg, para o espetáculo "Julia"
Teatro do Pequeno Gesto pela publicação da revista Folhetim dedicada a Nelson Rodrigues e sua manutenção ao longo de 13 anos