CRÍTICA | Em Nome do Jogo

Em Nome do Jogo

 

Até o dia 02 de dezembro, ficará em cartaz no Rio de Janeiro, no teatro Leblon, o Espetáculo “Em Nome do Jogo”, de Anthony Shaffer  com direção de Gustavo Paso. No elenco Marcos Caruso e Erom Cordeiro.

 

Andrew Wyke (Marcos Caruso) é um escritor reconhecido por seus romances policiais. Aparentemente, encantador, intelectual e disposto apenas a experimentar de forma livre a vida.  Exceto, por seu prazer compulsivo, ao ponto de perder o controle percebido pelas oscilações muito forte do seu humor – com mudanças repentinas do seu estado de espírito. Na trama, Andrew Wyke, se vê obrigado a desenhar um jogo arriscado, convidando para um encontro, no principio casual, com aquele que seria o Amante da sua esposa, Milo Tindolini ( Eron Cordeiro). No início do conflito, o que se percebe é um clima amigável entre os dois, mas que aos poucos, a relação que se estabelece é a de dominador e dominado, com muitas reviravoltas. O que causa no público surpresa a cada desfeche em cena.

 

Em Nome do Jogo, poderia se desenvolver muito bem na sétima arte, devido a sua dramaturgia bem construída que se assemelha aos grandes filmes de suspense.

 

A concepção do espetáculo conseguiu imprimir uma identidade estética ao visual da peça, conseguindo com que todos os espaços em cena fossem utilizados, até mesmo, os revelados no decorrer da estória, dando dinâmica e ritmo ao espetáculo.

 

Marcos Caruso nos brinda com um personagem bem construído e sofisticado. O ator acertou o tom da personagem: gentil ao conquistar seu adversário; mas louco com uma leve pintada de humor no seu processo de dominação e assustador, ao perceber que é vítima de sua própria teia.

 

Erom Cordeiro, também acertou na elaboração da sua personagem, surpreendendo mais ainda, na reviravolta quando volta a cena vestido de policial investigador. O que se vê até o final, é uma inversão dos papeis num ritmo frenético de deixar o público atendo a todos os detalhes.

 

O cenário criou o ambiente ideal para se desenvolver a trama. Os recursos audiovisuais utilizados para pontuar algumas cenas serviram para deixar a trama mais envolvente e real.

 

A luz branca e às vezes com muita sombra, proporciona um ambiente dramático e é a luz, que pontua o fim da personagem Milo Tindolini – uma luz vermelha crescente no segundo patamar da escada. Sem dúvida, Em Nome do Jogo é um espetáculo que merece ser assistido e aplaudido de pé.

 

* Independente das críticas profissionais, sugerimos que assista aos espetáculos e faça suas próprias críticas.
* Acesse a página do espetáculo e veja também a opinião do público geral nos comentários.

 

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