CRÍTICA | Jacinta

Jacinta

 

Aplausos para Jacinta

 

O Teatro Poeira é o grande palco da montagem da comédia musical “Jacinta” que traz em cena Andréa Beltrão,  Augusto Madeira, Gillray Coutinho, Isio Ghelman, José Mauro Brant e Rodrigo França. Além dos atores- cantores,  uma banda ao vivo nos transporta a outros tempos para conferir a  jornada da “pior atriz do mundo”: banida de Portugal após matar a rainha com sua péssima atuação.

 

Camarins, coxias, cenários e objetos cênicos. Somos inseridos naquele universo que o público de teatro geralmente desconhece. O que nos é ocultado é apresentado em “Jacinta”, os amontoados de objetos vão ganhando significado durante o espetáculo,  ajudando a contar a historia dirigida por Aderbal Freire-Filho. O cenário de Fernando Mello da Costa é usual, nos coloca em cena, instiga e provoca olhares e sensações.

 

A iluminação de Maneco Quinderé é de grande beleza cênica e ajuda na plasticidade dos quadros. A composição favorece entradas e saídas, dá o tom certo das cenas cômicas e das tragicômicas. Os números musicais são muito bem pontuados e a luz cumpre seu papel.

 

Os figurinos de Antonio Medeiros são de tamanha praticidade que devem ser invejados por muitos atores que vão prestigiar a peça. Nada está ali por acaso, tudo informa e ajuda na composição das personagens (já que os atores vivem cada um, muitas personagens durante a saga). Figurino prático, lúdico, pesquisado,  que visualmente compõe a cartela de cores de cada uma das personagens e ajuda na composição das mesmas.

 

O espetáculo é resultado da colaboração ao autor original, Newton Moreno. O diretor Aderbal Freire-Filho e o músico Branco Mello que se inspiraram em seu primeiro texto. Ao todo, foram acrescentadas 13 canções além de nove temas instrumentais, todos compostas por Mello em parceria com Emerson Villani. Todas as canções ajudam a contar a história, porém tornam o espetáculo longo. A saga de Jacinta poderia ser um pouco mais enxuta com a redução de alguns números musicais. Vale ressaltar no entanto que todo elenco está bem afinado e que Andréa Beltrão surpreende com o trabalho de voz,  fruto de 14 anos de aulas de canto.

 

A direção de Aderbal Freire-Filho é minuciosa, aproveita com riqueza de detalhes o trabalho dos atores. Níveis de planos, matrizes e corpo. Importante dizer que todos os atores do elenco já haviam trabalhado com Andréa, o que reforça o sentido de homenagem ao teatro proposto pelo texto.

 

O elenco apresenta versatilidade e rapidez para contar a história de Jacinta. Cada personagem entra em cena com composição e equilíbrio. Andrea Beltrão brilha sem exageros e consegue atingir o público logo na primeira canção.

 

O espetáculo pode até ser considerado longo, mas trata-se de uma grande montagem que merece ser vista e aplaudida. O Rio No Teatro faz questão de dar a Jacinta aquilo que ela mais procura durante sua encenação: Aplausos!

 

* Independente das críticas profissionais, sugerimos que assista aos espetáculos e faça suas próprias críticas.
* Acesse a página do espetáculo e veja também a opinião do público geral nos comentários.

 

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