CRÍTICA | Alô, Dolly !

Veja a crítica de Alô, Dolly!

 

Alessandra Verney  se destaca como a romântica  Irene Molloy

 

A versão brasileira do premiado espetáculo da Broadway segue em temporada no Teatro Oi Casagrande. A montagem conduz o público ao encantamento com cenários grandiosos, lindos figurinos  assinados por Fause Haten e belíssimos números musicais. “Alo, Dolly!” celebra um encontro inédito de duas estrelas dos palcos, Marília Pêra e Miguel Falabella, que assina ainda a versão nacional e a direção do espetáculo.

 

A ação da peça se passa em 1890, no estado de Nova Iorque, e conta a história de Dolly Levi, uma célebre viúva casamenteira, que é contratada pelo avarento e mal-humorado comerciante de Yonskers, Horácio Vandergelder, para lhe arranjar uma esposa na cidade grande (na capital Nova Iorque). Dolly o apresenta a Irene Molloy, mas inicia uma série de armações, quando decide que ela mesma conquistará o bom partido e ficará rica. O musical destaca ainda o jovem Cornélio Hackl, funcionário de Horácio que se apaixona por Irene. Ele está sempre metido em confusões com seu fiel escudeiro Barnabé Tucker. Além de tentar garantir seu próprio casamento, Dolly também resolve ajudar Ambrósio Kemper a namorar Ermengarda, sobrinha de Horácio, que faz forte oposição ao romance, já que o rapaz é pobre.

 

O grande acerto de Miguel Falabella é trazer a história que se passa no estado de Nova Iorque para mais perto da realidade brasileira. Um sotaque caipira foi o suficiente para abrasileirar as cenas. Miguel está imperdível. É de delicada interpretação com um personagem de fato humanizado e possível. Marília Pêra nos arrebata com sua Dolly Levi e brinca com os complexos nomes das personagens. É a atriz fazendo uma opção que a conduz para outro universo cênico. Prazeroso presenciar o jogo entre os dois atores. Composições de personagens impecáveis.

 

O musical destaca ainda Cornélio Hackl (Frederico Reuter), e seu fiel escudeiro Barnabé Tucker (Ubiracy Paraná do Brasil). Além de Ambrósio Kemper (Thiago Machado), Ermengarda (Brenda Nadler) e Irene Molloy (Alessandra Verney). Um elenco afinado que realiza com sucesso a tarefa de ajudar a contar a história de Dolly. Aplausos e assobios para Alessandra Verney, atriz dona de uma voz incrível e  de trabalho singular que consegue surpreender a todos a cada nova produção. Verney por si só já é um grande espetáculo.

 

Ainda no elenco estão  Ricardo Pêra, Ester Elias e Patrícia Bueno, além de um ensemble com 14 atores e 5 bailarinos. Ao todo são 29 atores e uma orquestra com 16 integrantes, sob a direção musical de Carlos Bauzys.

 

Os cenários de Renato Theobaldo e de Roberto Rolnik são grandiosos e de fácil movimentação cênica , facilitando a composição de ambientes. A iluminação de Paulo César de Medeiros, deixa o palco no escuro em alguns momentos do espetáculo, mas não chega a comprometer o trabalho.

 

O fato é que não tem como sair do teatro sem se apaixonar por Dolly Levi, sem querer pegar um de seus cartões, sem querer saber como Dolly pode dar um jeito em minha vida. Confesso que não peguei um dos mágicos cartões de Dolly, mas sai cantando sua música por dias e dias... Porque Dolly aqui é o seu lugar!

 

* Independente das críticas profissionais, sugerimos que assista aos espetáculos e faça suas próprias críticas.
* Acesse a página do espetáculo e veja também a opinião do público geral nos comentários.

 

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