CRÍTICA | Atreva-se

Atreva-se

 

 

Espetáculo brilha com a direção luxuosa de Jô Soares

 

O clima sombrio está no ar. As divas e os astros do cinema aparecem nas paredes de uma mansão que encanta e assusta. É com muito suspense que “Atreva-se” promove uma série de gargalhadas no Rio de Janeiro.

 

O espetáculo dirigido por Jô Soares ressalta a performance do grupo de comediantes que transitam pelo humor e pela força do melodrama, presente no texto de Mauricio Guilherme. A direção é luxuosa e aproveita a cenografia, a iluminação e os pontos fortes do elenco.

 

O texto promete fortes emoções e viradas bruscas, apesar de trabalhar com clichês do gênero do suspense e  utilizando referências do cinema, posso dizer que o autor brilha prendendo a atenção do público do inicio ao fim do espetáculo.

 

O ator Marcos Veras conhecido pelo humorístico global "Zorra Total" faz três papeis com profundidade e sem apelo para a comédia fácil. Fica claro a concepção e criação de cada uma das personagens. Júlia Rabelo que integra a equipe de humor do “Porta dos Fundo” divide o palco com Veras e não fica para trás, arrancando risadas do público.

 

Carol Martin, já conhecida dos programas humorísticos apresenta um trabalho de forte concepção de corpo e cuidados com a voz. Quem rouba a cena é Mariana Santos, a atriz abre a encenação no meio do público e ali faz seu momento "stand-up", enquanto são feitas as mudanças do cenário. Suas entradas e saídas estão na medida e a atriz sabe a hora exata de dar o gancho para indicar a próxima cena. Fica claro para o público os 20 anos de carreira de Mariana Santos, conhecida pela personagem Tetê PM, do humorístico “Zorra Total”.

 

A cenografia de Chris Aizner é um espetáculo a parte. Brilhante! Cenário usual, com boas adaptações para mudanças e que promove ainda mais o clima de comédia cinematográfica.

 

A iluminação de Maneco Quinderé faz parceria com o cenário e com a direção de Jô Soares. É um trabalho de profunda delicadeza.

 

O figurino é assinado por Fábio Namatame e reforça as imagens em preto e branco dos filmes dos anos 40 e 50. Estes se completam com o texto, quando a personagem diz:- Lindo esse vestido vermelho! (o detalhe é que no palco a atriz usa um vestido branco). Fica claro para o público estar inserido em um grande filme em preto e branco.

 

A comédia ganha ainda mais suspense com a direção musical de Eduardo Queiróz, que trabalha a vibe Noir da peça. O público fica atento ao som de compositores dos anos 40 e clássicos do cinema francês.

 

“Atreva-se” foge do universo das comédias habituais, propõe o novo, vai em busca de transições dentro do humor, provoca, instiga e promete uma série de ondas de gargalhadas. Atrevam-se!

 

* Independente das críticas profissionais, sugerimos que assista aos espetáculos e faça suas próprias críticas.
* Acesse a página do espetáculo e veja também a opinião do público geral nos comentários.

 

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