CRÍTICA |

No último fim de semana acabou a temporada, no Teatro Gonzaguinha, da peça "Eu me amo. Eu me aprovo",  escrita e dirigida por Vinicius Arêas, integrante do Grupo Atorais.

A peça apresenta um dia na vida da psicóloga Lurdes e do “lifecoach” Cláudio, que possuem consultórios no mesmo andar de um prédio comercial do Catete. Lurdes se vê metida numa confusão depois que uma de suas poucas pacientes se suicida na porta de seu consultório, enquanto Claudio vive em meio ao caos com seus pacientes arranjados através de sites de compra coletiva.

Com excelentes referências de cinema e de desenhos animados, o espetáculo aborda, sem se preocupar em ser histriônico, com as frustrações humanas e o modo de superação através das afirmações positivas.

O público se diverte e ri o tempo todo. O elenco segura com firmeza e veracidade o espetáculo até o fim, sendo que alguns atores possuem interpretações mais naturalistas e outros interpretações mais marcantes e construídas. Vinicius Arêas, Nina Ferreira e Joanna Saraiva são os destaques, sendo que as duas atrizes interpretam dois personagens cada uma, distinguindo-os com precisão e talento.

O cenário e a iluminação proporcionam a ambientação necessária que define bem os dois consultórios, o corredor e o elevador do edifício.

É um espetáculo que vale a pena ser apreciado, com a certeza de boas gargalhadas e, ainda, nada menos importante, com uma reflexão dos comportamentos e conquistas que são realmente importantes no caótico mundo hodierno.

No segundo semestre deste ano a peça segue sua temporada pelo Rio de Janeiro. O Rio No Teatro indica!