Elefante

 

Espetáculo da  Probástica Cia de Teatro surpreende com dramaturgia de  Walter Daguerre

 

A arena do Teatro SESC Copacabana revelou um espetáculo que aos poucos foi crescendo e tomando forma, conquistando o público com sua simplicidade e abordando temas e subtemas que estão presentes no inconsciente causando identificação da plateia.

 

Dor, morte, o tratamento que é dado a terceira idade, o amor e a paixão pela vida. Em cena Chandelly Braz, Fernando Bohrer, Igor Angelkorte, Julia Lunnd, Livia Paiva, Pedro Nercessian e Samuel Toledo contam a história de uma família que vive numa época onde ninguém mais envelhece e, portanto, onde não se morre de causas naturais. A partir dos 25 anos, todas as pessoas passam a tomar um medicamento conhecido apenas como Pílula e assim permanecem jovens e com saúde plena por séculos.

 

É preciso ressaltar que a atriz Chandelly Braz se destaca com emoção e humor na medida. Sua personagem é construída com tamanha delicadeza e Chandelly domina o palco e a cena sempre no tom.

 

A dramaturgia de Walter Daguerre é inspirada em recentes descobertas da ciência tem um fio condutor curioso e desperta atenção da plateia que horas ri e outras se emociona com o resultado das cenas construídas com a direção de Igor Angelkorte. O diretor tem um olhar frio sobre o texto e trabalha com movimentos extremamente marcados, apesar de aproveitar bem todo o espaço cênico sua direção enfraquece o texto, o elenco e a iluminação que é assinada por Renato Machado.

 

O cenário simples e usual permite que o elenco o transforme a cada movimentação. Parece um fóssil de elefante divido em partes, o que é extremamente conceitual lembrando o mote da peça. Aplausos para André Sanches que não é obvio e traz signos para que o público possa pensar e refletir sobre aquilo que aprecia. A areia espalhada no palco causa aflição e relembra a escavação, a arqueologia.

 

Os figurinos da montagem são assinados por Ronald Teixeira e não nos remete que o tempo tenha passado para aquelas personagens e sim que todos são contemporâneos de nosso tempo. Apesar disso acredito ter sido uma proposta da própria direção.

 

Preciso deixar registrado nessas linhas minha surpresa com o texto e com a beleza de algumas cenas que vão sendo degustadas a cada dia. Um espetáculo como poucos que já estiveram em cartaz. Provocar a reflexão no público tem sido cada vez mais incomum. A proposta é por si interessante, alcança seus objetivos e arranca aplausos emocionados. Salve a Probástica Cia de Teatro!

 

* Independente das críticas profissionais, sugerimos que assista aos espetáculos e faça suas próprias críticas.
* Acesse a e veja também a opinião do público geral nos comentários.

 

 

 

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