Dois Perdidos numa Noite Suja - SEM INFORMAÇÕES


Sinopse:

Consagrado e censurado nos anos 1970, “Dois Perdidos numa Noite Suja”, de Plínio Marcos, ganha nova montagem por meio do teatro-dança, com estreia em 28 de novembro na Casa de Cultura Laura Alvim – Teatro Rogério Cardoso. O espetáculo surge a partir de uma pesquisa de cerca de dois anos da Cia. Plúmbea em samba, danças populares, lutas, acrobacias e teatro-dança para traduzir os conflitos presentes na dramaturgia, que apresenta a crueza do dia a dia de dois personagens marginalizados. A peça, com apresentação as terças e quartas às 20h, foi contemplada pelo edital de ocupação de espaços da Secretaria do Estado de Cultura/FUNARJ. 
 
Em cena, as atrizes Ana Cecilia Reis e Caju Bezerra, com direção da primeira, dão vida a Paco e Tonho, amigos que trabalham como carregadores em um mercado durante o dia e dividem um quarto barato em suas poucas horas de descanso. Paco possui um sapato novo, enquanto Tonho acredita que tudo que precisa para mudar sua condição de vida é um calçado apresentável. A relação de poder pautada pela posse desse objeto atravessa a realidade que os cerca. No olhar da Cia. Plúmbea, a musicalidade e o lirismo do samba percorrem a trajetória desses personagens como mais um narrador dos momentos em que a palavra não basta.
 
Para as duas atrizes, a encenação não é baseada na psicologização das personagens do texto de Plínio Marcos, mas sim no estudo de suas corporalidades. “Traduzimos fisicamente a relação de conflito e poder entre as personagens. Trouxemos com elementos de lutas, circo e danças populares que viram diálogos, fazendo com que o corpo intensifique a palavra. Movimento e texto se fundem numa dramaturgia do corpo”, explica Ana Cecilia Reis. 
 
A cenografia, assinada por Carlos Chapéu, visa à integração da plateia com os atores, numa estrutura pouco convencional. O público não está em posição de contemplação, está imerso na cena e faz parte dela. A dualidade proposta pela direção está presente na cenografia. Uma ameaçadora rachadura divide a arena em duas. Duas também são as janelas, uma delas emparedada. Duas são as fugas da arena, como cantos de um ringue em momentos de trégua. Os objetos de cena estão em par e os que são únicos serão compartilhados entre as personagens durante as cenas. 
 
O desenho de luz, assinado por Isabella Castro e Paulo Barbeto, dialoga com a temática urbana e concreta do espetáculo e, por meio de uma iluminação que emana de dentro da própria cena, reforça o clima labiríntico sugerido pela direção: não há para onde fugir no jogo de gato e rato que cai diariamente sobre a cabeça dos oprimidos.
 
SOBRE A CIA PLÚMBEA
A Cia Plúmbea é um grupo que pesquisa técnica e ética do ofício de ator. Trabalha a partir de processos coletivos, tendo como foco o treinamento, desenvolvimento e personalidade de cada integrante. Com sede no Rio de Janeiro, o interesse do grupo é difundir suas pesquisas e metodologia por meio de oficinas, demonstrações técnicas, intercâmbios, trocas culturais, reflexões teóricas e projetos itinerantes.
 
As origens da Cia. vêm do encontro de duas estudantes de Teoria do Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) interessadas em estudar os trabalhos de encenadores como Etienne Decroux, Jacques Lecoq, Rudolf Laban, Jerzy Grotowski, Vsevolod Meyerhold, entre outros. A partir de estímulos de diferentes pesquisadores da cena, a Cia. Plúmbea desenvolve diariamente a própria metodologia que se transforma a cada proposta.
 
Ana Cecilia Reis 
Fundadora da Cia Plúmbea, atriz e diretora, pesquisa e atua em espetáculos há mais de 15 anos. Participou de grupos como a Troupe do Covil Imaginário (RJ), Cia dos Atores Invisíveis (RJ) e Teatro Curupira (SP). Recebeu indicação como melhor atriz no X FESTAETT em Tupã (SP) e ganhou o prêmio especial do júri pela Pesquisa do Trabalho de Ator. Foi integrante da exposição “Essas associações” do artista Tino Sehgal. Foi integrante da comissão de Memória e Crítica do Festival Integrado de Teatro da Unirio (FITU). Foi assistente de direção do espetáculo “O lugar do passado”, com direção de Daniel Archangelo e atuação de Wilmar Amaral. É bacharel em Teoria do Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), tendo recebido menção honrosa na 13ª Jornada de Iniciação Científica da Unirio pelo projeto “Rayuela: um jogo cênico a partir da literatura de Júlio Cortazar”. Faz parte do corpo editorial da Revista Ensaia, que recebeu o prêmio Yan Michalski em 2016. Foi contemplada com o prêmio de Melhor Direção no Festival Nacional de Barbacena (MG) pelo espetáculo “Terrabatida: Reminiscência de Canudos”. 
 
Ficha Técnica:
Atuação e Coreografia: Ana Cecilia Reis e Caju Bezerra. 
Direção: Ana Cecilia Reis.
Concepção e Direção de Movimento: Ronaldo Ventura.
Pesquisa Musical: Ana Cecilia Reis, Caju Bezerra e Zeh Gustavo.
Cenografia: Carlos Chapéu. 
Desenho de luz: Paulo Barbeto e Isabella Castro. 
Figurino: Caju Bezerra. 
Costura Cênica: Julia Bezerra. 
Edição e Sonoplastia: Alexandre Rabaço. 
Arte, Fotografia e Design Gráfico: Rodrigo Menezes. 
Realização e Produção: Cia. Plúmbea.



Duração: 70 minutos


Temporada:
Sem Informações!


Contato:
(21) 2332-2015


Classificação:
12 anos


Genero:
Dança




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