Ocupação Rio Diversidade (Prorrogado!) - SEM INFORMAÇÕES


Sinopse:

Conduzida pela dragqueen Magenta Dawning a OCUPAÇÃO RIO DIVERSIDADE apresenta solos consagrados pela crítica e pelo público: Larissa Bracher, em Genderless – Um Corpo Fora da Lei, de Marcia Zanelatto e direção de Guilherme Leme Garcia; Kelzy Ecard, em Como Deixar de Ser, de Daniela Pereira de Carvalho e direção de Renato Carrera; Thadeu Matos em A Noite em Claro de Joaquim Vicente e direção de Cesar Augusto; Gabriela Carneiro da Cunha em Flor Carnívora de Jô Bilac e direção de Ivan Sugahara.
 
Carreira internacional
Em 2013, Marcia Zanelatto, idealizadora do projeto, esteve em Londres para uma mostra de dramaturgia brasileira, a RedLikeEmbers, no Theatre503. Lá, pôde constatar a eficácia da peça curta, formato até então pouco explorado no Brasil, e do evento temático como propulsor de novas dramaturgias, o que serviu de inspiração para montar uma ocupação LGBTQ. No início do mês de maio, os textos – selecionados para representar a América do Sul – foram apresentados em uma leitura pública em Nova York, como parte da programação do Pen World Voices: Internacional Play Festival, um dos festivais literários mais importantes do mundo e tem propostas de montagem local em andamento.
 
As quatro peças
Texto de Marcia Zanelatto com direção Guilherme Leme Garcia, com Larissa Bracher, Genderless – Um Corpo Fora da Lei é inspirado na história real de Norrie May-Welby que, em 2010, depois de travar uma luta contra o Estado da Austrália, se tornou a primeira pessoa do mundo a ser reconhecida como "sem gênero específico" (genderless). A partir do fato, a peça reflete poeticamente sobre os gêneros masculino e feminino e os conflitos entre as identidades sexuais e as estruturas sociais. 
 
Como Deixar de Ser tem texto de Daniela Pereira de Carvalho e direção de Renato Carrera. Na montagem, uma mulher de meia idade, interpretada por Kelzy Ecard, está presa dentro de um "armário-sala", herança da mãe, simbolizando sua prisão interna. Durante 20 minutos de exasperação, ela divide com a plateia o peso de não ter a coragem de assumir quem é verdadeiramente, revelando seus pensamentos e desejos mais profundos.
 
Já o texto de Joaquim Vicente A Noite em Claro tem direção de Cesar Augusto em solo de Thadeu Matos. O autor lembra que ainda estava sob o impacto do assassinato do diretor teatral Luiz Antonio Martinez Correa nos anos 1980 quando, numa manhã, um amigo e escritor famoso, chegou pouco antes de amanhecer à sua casa e contou que tinha passado “a noite em claro” com um assassino que talvez fosse o mesmo procurado pela morte de Luiz Antonio. O contundente e verídico relato foi transformado em peça.
 
A última peça da noite, de Jô Bilac, com direção de Ivan Sugahara e solo de Gabriela Carneiro da Cunha, é Flor Carnívora. Em plenária, a flor carnívora afirma o hermafroditismo das plantas, sua indefinição de gênero, sua intersexualidade, e protesta contra a colonização organizadora do homem, que procura catalogar e normatizar o que a natureza criou diverso. Um ato de liberdade por um mundo menos transgênico e mais transgênero.
 
Diversidade estética
Para Marcia Zanelatto, a OCUPAÇÃO RIO DIVERSIDADE se notabilizou por conciliar engajamento e qualidade artística, levando à cena a diversidade de gênero através da diversidade estética. "As quatro peças são muito diferentes, vamos do humor (Flor Carnívora) à tragédia (A Noite Em Claro), do minimalismo (Genderless – Um Corpo Fora da Lei) ao realismo (Como Deixar De Ser). Nas temporadas, está havendo um grande encontro com o público, a solidariedade e o sentimento de esperança nos unem e nos dão esperanças. Não podemos aceitar uma sociedade que mata homossexuais, mulheres e transgêneros diariamente. E unir nossos corações e mentes parar lutar contra isso com amor e alegria, exaltando e celebrando a diversidade, tem sido um bálsamo", conta ela.
 
A dramaturga e idealizadora do projeto afirma ainda que todos os autores, diretores e atores se sentiram muito responsáveis por fazer algo que vá contra essa onda de preconceitos aos LGBTQs que assombra a sociedade. "Nossa produção dramatúrgica pode e deve contemplar de maneira mais ampla os afetos e narrativas LGBTQ. Isso é importante para a sociedade. Se não vemos nos palcos e nas telas as pessoas que compõem as chamadas minorias – sejam gays, negros ou idosos – estamos dizendo para elas que elas não importam. Mas elas importam, elas somos nós!", explica Márcia Zanelatto. 
 
Cenários em camadas
Em sua primeira versão apresentada em julho de 2016, as quatro peças ocupavam o Castelinho do Flamengo utilizando o conceito site specific– os espaços cênicos eram criados a partir das características da arquitetura da casa. Agora, para o palco italiano, o cenógrafo Daniel de Jesus transpôs a concepção original de cada um dos diretores, criando novos cenários que se revelam em camadas.  
 
Na primeira peça, Genderless, a cena acontece na primeira camada do palco, o proscênio, diante das cortinas fechadas. A concepção minimalista de Guilherme Leme Garcia, utiliza-se somente de um IPad e uma cadeira. Na segunda peça, Como deixar de ser, temos um cenário vertical alto que cobre toda a boca de cena. Na terceira peça, A noite em claro, alcanca a metade do palco, onde a tecnologia domina os recursos cênicos escolhidos por Cesar Augusto. E, finalmente, na quarta e última peça, Flor Carnívora, Ivan Sughara traça uma linha de ação que vai do proscênio ao fundo do palco, onde se revela um ambiente em que a natureza prevalece.   
 
Ficha Técnica:
Iluminação - Daniela Sanchez 
Cenário e Designer gráfico - Daniel de Jesus
Visagismo - Marcio Mello
Vídeo de rua da peça Flor Carnívora - Dalton Valério
Design de som para a peça Genderless - Marcello H.
Fotos - Elisa Mendes/ Juliana Chalita/ Dalton Valério
Operador de luz - Anderson Peixoto
Operadora de som - Telma Lemos
Contrarregragem - Renato Barreto, Felipe Prado, Glauco Deris
Cenotécnico - Renato Silva
Teasers - Raquel Diniz
Direção de Palco e Produção executiva - Pedro Uchoa
Direção de Produção - Juliana Mattar e Marcia Zanelatto
Idealização e direção geral - Marcia Zanelatto
Realização - Transa Arte e Conteúdo
 
Apresentação da drag queen Magenta Dawning. Peças: Genderless – Um Corpo Fora da Lei, de Marcia Zanelatto. Direção: Guilherme Leme Garcia. Com: Larissa Bracher/ Como Deixar de Ser, de Daniela Pereira Carvalho. Direção: Renato Carrera. Com: Kelzy Ecard/ A Noite em Claro, de Joaquim Vicente. Direção: Cesar Augusto. Com: Thadeu Matos/ Flor Carnívora, de Jô Bilac. Direção: Ivan Sugahara. Com: Gabriela Carneiro da Cunha. 



Duração: 100 minutos


Temporada:
Sem Informações!


Contato:
(21) 4042-6662 | Rio no Teatro


Classificação:
18 anos




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