Opinião – A Voz do Morro - SEM INFORMAÇÕES

O espetáculo “Opinião – A Voz do Morro” faz uma referência ao  original “Show Opinião”, um espetáculo musical dirigido por Augusto Boal, produzido pelo Teatro de Arena e por integrantes do Centro Popular de Cultura da UNE. O elenco era formado por Nara Leão, depois substituída por Maria Bethania, João do Vale e Zé Kéti. Os atores-cantores intercalavam canções e narrações referentes à problemática social do país da época.

 

O texto era assinado por Armando Costa, Oduvaldo Vianna Filho e Paulo Pontes. O show-manifesto estreou em 11 de dezembro de 1964, no teatro do Shopping Center Copacabana, sede do Teatro de Arena no Rio de Janeiro e é considerado um dos mais importantes da história da música popular brasileira. 

 

O Espetáculo musical  “Opinião – A Voz do Morro” visa expor a opinião e o olhar dos moradores de uma comunidade, uma favela do Rio de Janeiro sobre o cenário da problemática social do Brasil atual. Através de canções, discussões e jogos interativos com a plateia, a peça teatral convida todos a uma reflexão sobre o humano e expõe ao público a realidade das comunidades cariocas, suas fragilidades, dores, alegrias e virtudes a partir  de uma pesquisa real do olhar dos próprios moradores e artistas da Rocinha e outras comunidades dando oportunidade a esses talentos. 

 

A partir das dores e alegrias sofridas na realidade dos moradores das comunidades do Rio de Janeiro, o espetáculo convida o espectador a refletir, passar e atravessar todas as dores e alegrias que são os principais dilemas do humano, vividas por qualquer pessoa independente de qualquer classe social, idade e sexo. A ideia central do espetáculo é tirar a favela da ideia de exclusão, derrubar o mito de cidade partida, revelando que todos nós estamos no mesmo barco, diante das mesmas perguntas e angústias, porém somos capazes de enfrentar, superar, fazer diferente. E em tudo ter esperança cultivar a resiliência, o enfrentamento a partir do amor com alegria, mas manter a reflexão e o senso crítico, chamando a atenção para a transição de uma “cultura de morte” para uma “cultura de vida”.

 

O Espetáculo é dirigido por Richard Castello Branco- diretor, criador e idealizador do Bando Cultural Favelados, com supervisão da atriz e diretora Camilla Amado, texto e músicas do Dr. PhD em Sustentabilidade e Museologia Social, Dell Delambre –  CEO da WTS Business e criador da metodologia da Sustentabilidade, Transdisciplinar e Inteira, WTS. Tem produção Executiva da atriz, jornalista e publicitária Ariane Viegas. Música, Voz e Violão, Jhane Soul. Elenco Bando Cultural Favelados e convidados - Ariane Viegas, Bebel Belém, Jhane Soul Natalie Evilin, Patrícia Souza, Regina Prado, Richard Araújo, Roger Monsores, Rozilene Silva, entre outros. 

 

Palavras do autor e compositor, Dr. Dell Delambre,

“O musical-espetáculo "Opiniao – A Voz Morro" tem como referência artística o “Show Opinião” montado em 1965, dentro da ditadura militar. O “Show Opinião” de Nara Leão, Zé Kéti, Maria Bethania entre outros marcou um novo paradigma na Música Popular Brasileira. Tudo dentro do período do Regime Militar.

 

Após quase 50 anos, o “Show Opinião” volta a ser referência para o grupo de teatro “Bando Cultural Favelados” da Rocinha, a maior favela da America Latina. O musical-espetáculo "Opiniao -A Voz do Morro" não se trata de uma montagem do Show Opinião de 1964, mas sim um diálogo com a referência conceitual do musical. Qualquer semelhança com os dias atuais no Brasil não é mera coincidência.

O musical é dirigido pelo diretor do Bando Cultural Favelados da Rocinha, Richard Castelo Branco; com supervisão da atriz e diretora Camilla Amado, texto de Dell Delambre e produção executiva da jornalista e atriz Ariane Viegas.

 

A Voz do Morro é também a voz da cidade marcada pela violência, é a voz da sociedade com a cultura da morte; é a voz de todos no mundo que sofrem em função da guerras causadas pelo poder dominador; é a voz das mulheres violentadas e das crianças sequeladas no direito de serem apenas crianças; é a voz dos imigrantes que fogem de suas casas em busca de dignidade; é a voz da biodiversidade morta pelo estilo de vida homicida assumido pelas sociedades consumistas de nossa época.

 

A Voz do Morro carrega o arquétipo histórico de todas as violências da história da humanidade. Como essa voz não é de vítima, ela tambem é um grande grito de protesto, de resistência e união. 

 

É a voz que não aceita o determinismo e o conformismo. É a voz que não reage com a mesma postura. A Voz do Morro é a esperança que sustenta a tensão, reconhece a diversidade e caminha com a arte para construção de uma sociedade humana, ecológica e solidária. 

A Voz do Morro é o teatro como sentido de vida e resistência que ressignifica e reencanta a vida da esperança. Opinião é a Voz do Morro!”

 

Ficha Técnica:

Idealizador e Criador do Grupo Bando Cultural Favelados: Richard Castelo Branco

Camilla Amado

Dell Delambre

Ariane Viegas

Direção: Castelo Branco 

Produção: Bando Cultura Favelados e Cia caralavada.