O público carioca se apaixonou pela montagem universitária “The Book Of Mormon”, um sucesso que ultrapassou o limite imaginado pela turma. Nosso personagem da semana é um dos destaques do musical que cativou o Rio de Janeiro. Filho de um músico e uma mulher envolvida com o teatro, Leo Bahia se define como “hibrido”, um ator cantor.
Em entrevista exclusiva ao Rio No Teatro o jovem talento conta sobre como começou a se apaixonar pelas artes e os frutos do sucesso da peça universitária.
“Quando assisti ”A Noviça Rebelde”, tinha cinco ou seis anos de idade. Lembro como se fosse ontem o quanto fiquei tocado pelo espetáculo. Depois, quando vi a montagem do Charles e Cláudio eu resolvi estudar canto e, despretensiosamente, fui me envolvendo com o teatro até não me ver fazendo outra coisa a não ser cantar e atuar.”, revela.
Sobre “The Book Of Mormon” o ator fala que nunca esperou o sucesso da montagem. “De jeito nenhum, eu não imaginava, aliás, achava que as pessoas iam ficar chocadas com o humor politicamente incorreto e iam sair no meio da peça. Que bom que isso não aconteceu! No Book formamos uma família. Estamos há um ano juntos, desde os ensaios. Com algumas pessoas da equipe e do elenco, já estou trabalhando/estudando desde 2010. Durante os processos na UniRio, fiz amizades que vou levar pra toda a minha vida. Os fãs são muito queridos e carinhosos, adoro toda a galera que vai assistir a peça!”, conta.
Mesmo com grandes produções em cartaz, o musical foi festejado e disputado. Todos queriam um lugar para prestigiar o grupo. Uma quebra de paradigma. “Acho que fizemos uma grande produção com um orçamento limitado, cujo sucesso veio da mídia espontânea e as prorrogações de temporada surgiram a partir de convites dos teatros, o que é simplesmente incrível de vivenciar.”
Animado, Leo faz parte da geração de novos nomes do teatro carioca e promete dar o que falar. “Acho que as pessoas estão correndo atrás de se produzir, escrever, montar seus próprios projetos.”
E vai dar o que falar mesmo, agora o ator se prepara para viver a personagem feminina na montagem de Opera do Malandro dirigida pelo renomado João Falcão. “Tem sido muito intenso e, ao mesmo tempo, extremamente prazeroso. São 10h de ensaios diários que revezamos entre aulas de capoeira, samba, leituras... e no meu tempo livre tenho feito um grande trabalho de pesquisa e estudo.
Quem ainda não conferiu a peça ainda tem chances. A temporada é curta e o espetáculo é lindíssimo. Fica aqui o convite de nosso entrevistado: “Venham ver o Book of Mormon na cidade das artes em Julho, do dia 18 ao 27.”
Entrevista: Rodrigo Medeiros
Texto: Alessandro Moura