Nica Bomfim é um daqueles rostos que a gente não esquece. A atriz recentemente brilhou nos palcos cariocas com a montagem “Na Falta de Roupa Nova Passei o Ferro na Velha”, com direção de Ignácio Coqueiro. Depois de fazer muita gente rir, ela agora leva emoção e poesia para plateias de muitos cantos do Brasil com o espetáculo “Adélia e Cora”, que tem a direção luxuosa de Rafaela Amado. Na montagem, Nica divide a cena com Sônia de Paula.
Tudo começou quando ela tinha apenas 18 anos e não parou mais. O gosto pela arte, pelo teatro, a cena e os palcos tomou conta de sua vida. “O bichinho me mordeu”, conta ela. Mas na verdade Nica queria mesmo era seguir outra profissão.
“Eu sempre gostei de teatro, mas também era apaixonada por matemática. Então eu fiz vestibular para matemática e passe... mas, não durou muito tempo. A paixão pelo teatro era maior e acabei largando tudo para seguir a vocação.”, revela.
Sua primeira peça foi um infantil, algo que não sai de sua memória. “Foi a minha primeira montagem profissional, no ano de 1977. O nome do espetáculo era “Putz! A menina que buscava o sol”, lindo...”
Quando questionada sobre suas personagens a atriz não consegue escolher um momento único. “Eu gosto de tudo. Adoro cinema também. Por um bom tempo fui morar na região dos lagos e continuava fazendo TV e teatro, mas o cinema acabou ficando muito afastado de mim. Quero fazer mais cinema”, projeta.
E parece que temos muitas novidades nesta área. Só neste ano a atriz conhecida pelo humor, participou de dois longas. O “Boa Sorte” deve ser lançado até o final deste ano.
“Agora está muito rápido. Existe mais incentivo ao cinema e a produção audiovisual. Quero fazer muito mais”, ela deixa a dica aos diretores de plantão.
Dos trabalhos que fez na TV, as novelas mais queridas são as da autora Elizabeth Jhin. Com ela fez três parcerias de sucesso, que renderam grandes frutos. “Eterna Magia”, “Escrito Nas Estrelas” e “Amor Eterno Amor”. “É maravilhoso, porque fiz três produções seguidas com a Elizabeth, criamos um laço e parece que o resultado fica mais maduro. Uma grande família”. Diz..
Agora a atriz circula o país com a montagem “Adélia e Cora”. A peça que já passou pelo Rio, São Paulo, Fortaleza e Juiz de Fora, não tem data para parar e deve voltar a cena carioca no próximo ano.
“Estou adorando. São duas amigas que gostam muito de ler e dividem em cena poemas dessas duas grandes poetisas. Uma frase que amo de Adélia Prado e que está na peça é “Não tenho tempo algum, ser feliz me consome”.
Uma outra paixão da atriz é trabalhar com artes plásticas. Ela divide o tempo entre os palcos e o ateliê. Lá nascem os personagens que faz na telinha e no teatro, os dos colegas de cena e outros muitos... tudo feito com muito carinho com técnicas de artesanato.
Considerada uma internauta de carteirinha ela deixa o recado: “Quero agradecer a todos que gostam do meu trabalho, deixar um beijo carinhoso, grande. Com a internet foi possível trocar ideias, rir e conversar com pessoas de tantos lugares... Muitas consigo conhecer pessoalmente durante nossas viagens em temporada. Obrigada!!”
Por Alessandro Moura