Carioca da gema, criado no subúrbio, Felipe Silcler é aquele menino que brincava na rua e subia em árvores. O Rio de janeiro é seu grande cenário e o mar o ponto de referência. O personagem da semana tem se destacado no teatro e na TV.
Quando criança ele fazia cenas, criava textos e até brincava que estava em programas de TV. Felipe Silcler se encantou com o universo das personagens e figurinos e logo percebeu que estava apaixonado pelos palcos.
O teatro começou nos tempos de escola e os pais do ator até acreditaram que era coisa de criança, mas a vontade não passou. Os estudos começaram quando ele tinha apenas 11 anos, hoje já são mais de 30 peças no currículo.
“"Arresolvido", com direção de André Paes Leme, que foi meu primeiro trabalho grande no teatro profissional, apresentamos no CCBB do RJ e de Brasília e em alguns outros teatros. E o espetáculo "Marias Brasilianas- a arte do fio" que foi um espetáculo de construção coletiva da Cia. Cirandeira, onde além de ator eu também desenvolvi meu lado bailarino. Rodamos vários teatros importantes, foi uma experiência de coletivo que eu levo para a vida.”, conta o artista.
Na TV, não é a primeira vez que o ator aparece e brilha. O público já pode conferir o talento do moço no seriado "O Caçador" também da Rede Globo, onde fez uma participação em uma cena com o Cauã Reymond.
“Foi uma experiência bem bacana, ele foi bem generoso e me deixou bem a vontade. Costumo brincar que não é qualquer um que tem a primeira vez com o Cauã né?!”, comemora.
Já em “Totalmente Demais”, o ator tem se destacado e atraído olhares, tanto que o personagem tem ganhado força e espaço.
“Está sendo muito gratificante. Inicialmente o personagem teria uma participação pequena na história. Com o tempo os autores e a direção começaram a confiar no meu trabalho e foram me dando mais espaço. O personagem ganhou uma trama própria que teve uma ótima repercussão, tenho recebido um retorno muito positivo do público. A história do meu personagem serviu pra alertar e mudar a visão de muita gente. Pra mim isso valeu todo o trabalho. Acredito que esse é o maior objetivo do trabalho de um artista. Tocar e modificar as pessoas.”
Ator por formação, Felipe estudou na Escola de Teatro Martins Pena.
“A Martins Pena foi fundamental na minha carreira, acho que todo ator tem que passar por uma escola. É importante a nossa profissão ser levada a sério como todas as outras. Ator é estudo, é trabalho. E a Martins foi isso, além dos excelentes professores, tive contato com uma turma que me somou muito. E fora que é a primeira escola de teatro da América Latina, onde se formaram vários artistas incríveis, e que apesar de todas as dificuldades que enfrenta por anos, ainda resiste. E é lindo saber que eu faço parte dessa história e saber que eu levo toda a energia desse lugar na minha bagagem. Eu tenho orgulho de ser um filho da Martins.”.
Por Alessandro Moura