Denise Fraga fala sobre teatro, carreira e platéia
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São mais de 20 anos dedicados ao teatro, conhecida por personagens cômicos da TV,  Denise Fraga tem muitas faces e em um bate papo descontraído  revelou seu amor pelos palcos.

 

A atriz formada pela Martins Pena fez uma visita emocionante a escola, uma referência do teatro nacional.  “Uma emoção enorme para mim voltar a Martins Pena. Fiquei muito feliz em poder voltar a escola que foi muito importante para minha vida....”

 

Quando questionada sobre a profissão Denise provoca a reflexão sobre o oficio do ator: “Nossa profissão é muito heterea...somos criadores de nuvens. Não sabemos porque fazemos isso, mas fazemos...Nos estamos no meio de um ensaio discutindo por uma pessoa que não existe. Um carnaval todo por alguém que não existe.”

 

Denise é uma grande apaixonada por São Paulo e faz questão de declarar seu amor pela “Terra da Garoa”, enquanto muitos escolhem o Rio a carioca apostou na “Pauliceia” : Eu amo o rio, mas moro em São Paulo...sou uma carioca desgarrada...fui capturada por São Paulo.(risos).

 

Sobre o público ela não poupa expectativas. É interessante refletir sobre o outro lado... Não quem espera o artista entrar em cena, mas o ator que aguarda o público no teatro. “Me dá uma grande emoção quando abre a porta do teatro e eu imagino: -Eles estão ali...eles se comunicaram...eles marcaram. È precioso pensar que deu certo.  Um pacto de silêncio, onde nos vamos fazer algo e eles estão ali. É vivo.” , ressalta a atriz.

 

Sobre a formação de plateia a carioca é categórica. “O convite que as pessoas tem para ficar em casa é enorme. Então a pessoa que resolve comprar o ingresso e ir lá...Eu fico muito feliz de ver que eles vieram. Minha grande briga hoje é não fazer apenas o que o público quer, mas aquela coisa: “ Eu sou a menina do Retrato Falado...mas vamos conhecer “A Alma Boa de Setsuan”...isso porque os convites para ir ao teatro são enormes. O teatro é um grande jogo de sedução.”, conta.

 

“Se o bicho pegar e ficar tudo escuro e negro...eu pego três cadeiras e faço teatro. O teatro existe a partir do nada. E eu pude comprovar tudo isso na minha vida.” Denise Fraga.

 

O Público de São Paulo e o público do Rio são bem diferentes, mas qual seria a diferença? “Eu fiquei conversando esses dias no camarim sobre isso. O humor carioca é diferente...eu vejo na minha família. “Aqui se sofre com humor. O humor não nos livra do drama, mas a gente consegue sofrer com humor.” Em São Paulo a dor é dita mais baixinho... (risos).

 

“Eu fui pra São Paulo com Trair e Coçar é só começar, eu fiz seis meses aqui. Eu fui para lá e não conhecia ninguém...tinha uma atriz lá e eu não conhecia...e ela sempre viveu de teatro. Eu não conseguia entender isso...eu nunca tinha visto em televisão. Eu não conhecia a Mirian Muniz...e eu não sabia quem era...ela não fazia TV. Achei incrível poder ser ator e ganhar assim..

 

A dica de Denise para quem está começando na carreira e para quem já está nela é simples: “Porque nos vingamos e continuamos? Porque nos insistimos. É difícil e dá muita vontade de desistir. Eu fui no Ministério do trabalho e vi na carteira: Artista- Atriz. E eu olhei e pensei: O que eu vou fazer com isso?” (risos)...O segredo é insistir...Quando encerrei a Martins Pena eu não tinha nada...só um fusquinha...onde eu carregava o cenário...no bagageiro em cima... Alguns alunos foram trabalhar no Grupo Tapa desisti...fiz um concurso para Aeromoça...vendi produto da Natura...mas eu não estava feliz...Ai montamos o Centro de Investigação Teatral (CIT-Teatro). Ai Moacyr Chaves deu a força de fazer algumas coisas e ler alguns textos. A sorte é que quando a VARIG me chamou...eu já tinha o primeiro espetáculo montado “ As desgraças de uma criança, de Martins Pena”. Para isso nos rifamos o relógio do tio de uma das atrizes e uma cortina velha... (risos)”.

 

Quando questionada sobre o quão interessante é o teatro Denise instiga.“É interessante perceber que estamos ali vivos e que podemos morrer. “ Tem uma frase de um diretor italiano: - O público continua indo ao teatro com a grande esperança de ver o ator morrer em cena”. Por favor ninguém torça por isso...mas isso faz o teatro ser algo especial. O teatro é mais precioso do que sempre foi porque ele é uma experiência coletiva em um momento em que todos estão muito individualistas.”




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