Entre brilhos, plumas e paetês. A personagem dessa semana é atriz, humorista, apresentadora... Ufa!!! Com um carisma singular, ela cresce, aparece e vence barreiras com garra, provando ao mundo o talento que tem. Apaixonada pelos palcos, podemos dizer que Nany People é dona de uma personalidade marcante e de um humor único. Nossa entrevistada é luxo só! Se ela é uma das artistas mais solicitadas da noite GLS, ela também é uma das mais amadas do pais. Aplausos, assobios e palmas. Essa entrevista merece muita gritaria.

Sobre seu inicio no mundo das artes a mineira que faz questão de dizer sempre que foi criada em Poços de Caldas revela: “Comecei cantando na Caravana do Chacrinha. Aos oito anos e aos dez descobri o teatro e não parei mais! Fazia projetos escola e grandes eventos empresariais. Com 20 anos fui pra São Paulo.”.

Artista e transformista. Pergunto então se Nany sofreu algum tipo de preconceito. “Ser transformista foi minha senha de acesso pra ganhar a grande mídia. Foi como transformista que conquistei minha carreira!”

É inegável que a artista que também atua como diretora e arranca gargalhadas pelo Brasil conquistou seu espaço, mas será que ainda falta alguma coisa?  Sempre falta né? A gente para quando desiste de sonhar! E eu adoro um sonho! Porque não uma novela?”, conta a contratada do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).

“Tudo se torna consequência quando o teatro te estrutura!” Nany People

Agora é fato que quando falamos de Nany People lembramos de humor. Mas e drama. Será que ela tem vontade de atuar em um?  “Já fiz um Drama em 1998 “Um Homem é um Homem (de Bertold Brecht). Mas não uma novela...” ela conta a pedra.

Dos palcos para a TV. Como foi a entrada da mineira em rede nacional? “Entrei na extinta Rede Manchete convite de Goulart de Andrade e não parei mais...”

Quando falamos da atriz que mora dentro de Nany, ela revela que sempre foi um diferencial. “Ser Atriz foi um diferencial em todos os veículos que trabalhei. Na noite, no rádio, na TV. Tudo se torna consequência quando o teatro te estrutura!”

Mas não é possível continuar essa entrevista sem falar da bela parceria com a apresentadora Hebe Camargo. “Trabalhar com Hebe foi um privilégio. Um sonho que adorei sonhar. Fui repórter dela por seis anos e meio. Ela sacramentou a minha história de vida.” Afirma.

Ainda sem previsão de atuar nos palcos cariocas Nany fala sobre seus projetos que viajam pelo Brasil. “TsuNANY é meu novo solo de stand up, que critica de maneira divertida e interativa os maus sucedidos hábitos da vida moderna. Já “Meninas Crescidas não choram” (escrito e dirigido por Yuri Gofman) é um monólogo que fala liberdade da mulher até o niilismo de hoje. Aliás me reinventei nesse trabalho.”, confessa.

Rapidinha

RNT: Uma frase:

Nany People: Teatro é a Arte do Ator ( segundo Mestre Paulo Autran) e tem o Poder de Transformar as Pessoas!

RNT: Como percebe o cenário teatral nacional hoje? As artistas transformistas estão conquistando seu espaço?

Nany People: As ARTISTAS TRANSFORMISTAS sempre estão dando seu recado. Na grande mídia ou não. É um ofício que virou profissão, embora o mercado da noite esteja cada vez valorizando menos esse trabalho. Então o negocio é se reinventar e batalhar!

RNT: Um recado para o público do Rio No Teatro

Nany People: Galera do Rio que tanto amo. É sempre um privilégio me apresentar pra vocês! Plateia querida e ainda um enigma para mim.

Texto e entrevista: Alessandro Moura