Lindsay Paulino: Dos palcos para a internet
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A canção "Halo", de Beyoncé, ganha nova roupagem e nome, Rose canta "Grelo" e fala sobre o trabalho com patrões gays. A doméstica mais comentada da internet conquistou mais de um milhão de acessos no canal Youtube e apresentou para o mundo o ator mineiro Lindsay Paulino. Dos palcos para a internet. O público agora passa a escolher seus ídolos, a rir, se emocionar e se divertir com os artistas fora do eixo.

 

Nesta semana o Rio No Teatro chega com sotaque carregado para que o público carioca possa conhecer o criador que está por trás da criatura. O responsável por tantas risadas virtuais é o entrevistado desta semana. Desliguem seus bips e celulares entra em cena Lindsay Paulino.

 

O ator famoso pelos vídeos na internet, começou a carreira em sua cidade natal Montes Claros. “Eu tinha 10 anos de idade, uma professora do colégio que eu estudava, tinha um irmão diretor de teatro e me apresentou pra ele, que na época estava montando Chapeuzinho Vermelho. Fiz a peça e dali em diante não parei mais. Depois dessa experiência entrei para o Grupo de Teatro Olho de Gato do Conservatório da cidade e paralelo ao teatro fazia aulas de balé clássico e canto lírico. Tudo foi caminhando junto até o dia que decidi me mudar para Belo Horizonte para estudar teatro no Centro de Formação Artística do Palácio das Artes, onde me formei e me profissionalizei. Então mesmo me tornando profissional em 2005 com meus 22 anos, gosto de dizer que comecei aos 10, pois já ganhava grana pelos espetáculos que eu fazia e já sabia que essa seria minha profissão.”, revela.

 

Sobre o apoio da família, Lindsay conta que “quase sempre” teve os parentes ao seu lado.

 

“Graças a minha avó Joana, eu entrei para o Conservatório de música aos 9 anos. Então meu contato com a arte foi muito cedo. Desde então eu já sabia que queria ser artista. Com o passar do tempo eles viram que a coisa estava ficando séria e me sugeriram outros cursos, mas quando eu disse que seria ator, foi só uma vez e pronto! Nunca mais me questionaram e hoje morrem de orgulho. As vezes minha avó vem com um papo de concurso público... mas aí eu fecho a cara pra, deixo ela conversando sozinha e ela logo muda de assunto.”, afirma.

 

Com um mercado instável e uma carreira muitas vezes ingrata para muitos, questiono o ator em relação ao cenário artístico atual e apesar da pouca idade, mostra uma experiência de longa data.

 

“Eu posso dizer que tive e tenho muita sorte quanto ao trabalho. Sempre sou convidado para produções que tem grana para o espetáculo acontecer. Nunca precisei correr atrás de patrocínio, lei de incentivo, mas sei que as pessoas com quem trabalho sofrem com esse trâmite todo. Acho que existem sim grupos que são sempre contemplados com aprovação de lei e tem empresas que sempre patrocinam as mesmas companhias. Por uma lado é bom, mas tem tanta coisa boa que deveria ter grana pra acontecer e não acontece.

 

Eu tenho muito medo do igual sabe? Tenho medo de acreditar que o que eu faço é original e as vezes não é. Acho que tem muita coisa copiada por aí. Como dizia o grande diretor Eid Ribeiro com quem tive a honra de trabalhar, “tudo é uma cópia mal feita do que já existe”.”.

 

Agora é o momento de saber como nasceu “Rose”, a empregada mais querida do país.

 

“A Rose já existe faz muito tempo. Mas não se chamava Rose. O personagem era uma dona de casa do interior com seus conflitos típicos de mãe: problema com os filhos, com o marido, com a casa, etc. Ela se chamava Supriana. Bem roceira mesmo, caipira. Quando me mudei pra Belo Horizonte tive a ideia de deixá-la mais urbana, e quebrar esse estereótipo de empregada doméstica que sempre vem do interior. Pelo menos aqui em Minas é assim. Então dei um corte na peruca que era longa, mudei o nome pra Rose e pensei: porque ela não se especializa em faxina gay? Na época eu morava com um amigo e estava rolando uma onda de fazer  blog e postar vídeos. Gravamos no nosso apartamento mesmo e postamos no blog sem pretensão nenhuma de fazer sucesso. Eu nem sabia direito o que era Youtube. Fizemos pros amigos mesmo. Só que o personagem foi crescendo e depois de um tempo eu criei a paródia Grelo que foi responsável pelo sucesso todo."

 

Em exclusiva o mineiro conta que a doméstica mais querida da internet vai ganhar os palcos.

 

“Bom, finalmente eu estreio o meu espetáculo “Rose a doméstica do Brasil” que está marcado para dia 15 de novembro no Teatro Alterosa em Belo Horizonte. Depois a ideia é viajar.

 

Com o sucesso da personagem fui convidado também para fazer a série “A vida de Rafinha Bastos” no canal fechado FX, que já está no ar. Além disso continuo com o espetáculo infantil “Os Saltimbancos”, e sempre que tem uma vaga na agenda eu faço show com a personagem Rose pelo país.”

 

Para os fãs cariocas, Lindsay afirma que Rose poderá fazer uma visita ao Rio.

 

“Depois da estreia queremos muito viajar com o espetáculo em 2014 e a ideia é fazer Rio sim. Pra quem não sabe, o Rio foi o primeiro lugar em que eu me apresentei de Rose. Até então só existia dois vídeos. Foi no bar Conversa Afinada em Ipanema para um projeto chamado Terça em Movimento. Um amigo meu conhecia o cara que organizava o evento, disse que eu tinha um personagem e eu fui com a cara e a coragem. Já cheguei de Rose e foi sucesso. Acho que ele nem sonha que foi lá que a personagem apareceu ao vivo pela primeira vez.”

 

Agora um recado para o público da Terra da Bossa. “Aguardem que em breve estarei por aí com meu espetáculo e prometo muitas gargalhadas com as histórias da Rose. Ela que é mineira, mas que podemos dizer, nasceu no Rio de Janeiro. Beijo pra vocês.”




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