Na coxia com Carmen Frenzel
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O Rio No Teatro abre as portas do camarim e invade a boca de cena para conversar com Carmen Frenzel. A atriz que divide o tempo entre o teatro, o cinema, a TV  e as salas de aula fala sobre carreira e mercado. Conhecida pelos papéis cômicos Carmen  brilha em cena com um trabalho impecável que reflete nos aplausos da plateia. Hoje o sucesso é garantido  com a parceria com a atriz Lucília de Assis  com quem forma a Dupla Companhia. Já estava quase esquecendo de dar o terceiro sinal! Com vocês Carmen Frenzel:

 

RNT- Como foi o inicio da sua carreira?

Carmen Frenzel: Sou carioca e sempre quis ser atriz, mas só comecei a fazer teatro em Niterói, para onde me mudei. Isso foi em 1985/86! Fiz alguns cursos livres e um, em especial, me marcou: o curso na Associação Médica Fluminense (AMF) com a atriz Silvana Lopes. Nesse curso conheci pessoas que são meus amigos até hoje e juntos fomos fazer o curso profissionalizante no Calouste Gulbenkian. Depois disso não parei mais.

 

RNT-  Dos trabalhos que fez qual sente mais saudade?

Carmen Frenzel: O primeiro trabalho profissional sempre é marcante e eu estreei com um Nelson Rodrigues: Boca de Ouro! Fazia a Celeste (2o ato), que também era feita por outras duas atrizes: Soraia Ravenle (3o ato) e Eleusa Mancini (1o ato). A direção era do Claudio Torres Gonzaga. Foi eleita uma das 10 melhores peças do ano (1988), fui até indicada para um prêmio e só recebi críticas positivas, veja só! Tenho um carinho muito especial por esse espetáculo. Agora, saudade eu tenho da maioria das peças que fiz! Imagina... Teve Marco Polo, Ludi, O Tiro que mudou a história, meu Deus, Mau Humor, meu monólogo! De cada uma guardo uma lembrança boa.



RNT- Uma personagem dos sonhos?

Carmen Frenzel: Ainda não pensei nisso... Engraçado, né?



RNT- Como percebe o mercado teatral hoje?

Carmen Frenzel: Eu percebo um retorno às companhias, grupos, coletivos. Não importa o nome! Quando eu comecei, na década de 90, isso era a tônica. Aliás, isso não é exclusividade de um tempo. Esses movimentos sempre existiram e foram fundamentais para a história do teatro. Existem entressafras. E agora é um momento de efervescência. Acho que é a solução para você ser dono do seu trabalho e poder se aprofundar. Sempre existirá o teatro comercial também e é muito bom que ele exista! Ter teatro é bom!



RNT- A paixão pelo roteiro. Fale um pouco sobre os trabalhos que desenvolveu na TV.

Carmen Frenzel: Pois é... Nunca pensei que seria uma autora, como de fato não sou. Eu fui, eu estou, enfim... Explico. Sou autora de quatro livros (Tapa de Humor não dói, Tomaladacá, Livro de Bolsa e Coisa de Mulher – o roteiro), escrevi um roteiro para o cinema (Coisa de Mulher) e fui roteirista de um programa na Globo (Garotas do Programa), porém sempre junto com o grupo O Grelo Falante: Claudia Ventura, Lucília de Assis e Suzana Abranches. Escrever só fazia sentido pra mim com o grupo. Hoje em dia formo com a Lucília a Dupla Companhia e a parte de texto fica com ela. Claro que dou uns pitacos, mas não passa disso. O meu negócio é atuar!



RNT- E o cinema em sua vida?

Carmen Frenzel: Se resume há um longa e dois curtas. (risos) Sou super bissexta no cinema. Adoraria fazer mais! 



RNT- Existe espaço para tantos atores que estão em processo de formação?

Carmen Frenzel: Sinceramente? Acho que não e que sim. Até porque não serão todos que vão persistir. É duro dizer isso, mas a carreira do ator é muito difícil, exige muita vocação e nem todos perseveram. Olha, da minha turma, dos 20 alunos que se formaram, caso eu não esteja enganada, acho que no máximo cinco continuam no teatro. É uma seleção natural. É comum também você ter mais de uma função. Eu, por exemplo, sou atriz, diretora e professora. Cada um tem que criar o seu espaço!


RNT- O que é Carmen de Mau Humor?

Carmen Frenzel: Segundo as minhas irmãs: é melhor não conhecer! Sou difícil de me irritar, agora se acontecer... Realmente fico enfezada. Deve ser coisa de taurino. Mas uma coisa é verdade. Depois do monólogo que fiz (Mau Humor) o meu pavio ficou mais curtinho. Fiquei muito tempo mexendo nesse vespeiro e peguei o gosto, mas nada muito grave. (risos)



RNT- Quando percebeu que tinha os dois pés marcados na comédia?

Carmen Frenzel: Olha, acho que desde que comecei. Sempre tive uma queda pra comédia. Mas isso no Teatro porque na vida eu era uma adolescente muito tímida! O Teatro me fez muito bem!



RNT- Dicas para quem está começando a carreira...

Carmen Frenzel: Persistência e Companhia! Persistência porque NÃO é fácil e Companhia porque no teatro é MAIS fácil quando você tem parceiros. A minha trajetória é toda marcada por grupos.



RNT- Uma frase...

Carmen Frenzel: Amiga boa é amiga feia

 




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