Que Tempos São Esses? - SEM INFORMAÇÕES


Sinopse:

A partir do dia 09 de março o Armazém da Utopia recebe o espetáculo “Que Tempos São Esses?”. Um espetáculo sobre o intelectual militante e a posição dos artistas na sociedade. A montagem realiza um  mosaico sobre a práxis de Brecht. Com direção de Luiz Fernando Lobo é o segundo projeto do Ano Marx em comemoração aos 200 anos de Karl Marx e 25 anos da Companhia Ensaio Aberto.
 
Em “Que Tempos São Esses?” nada é estático, tudo se transforma. Durante as 4h e 30 minutos de apresentação os espectadores podem chegar a hora que quiserem e sair a qualquer momento. Conforme Brecht dizia, “Em nosso teatro, não existem espectadores atrasados”. Nenhum espectador assistirá ao mesmo espetáculo, afinal, um homem tem muitas possibilidades. Performances com 15 atores da Companhia Ensaio Aberto transformam este espetáculo numa instalação viva.
 
“Que Tempos São Esses?” não é um experimento cênico sobre a vida e a obra de Brecht. Não há menções sobre os principais fatos históricos da vida do escritor e nem sobre todas as suas obras. Existem apenas recortes e fragmentos. A história do teatro político e do teatro proletário alemão se confunde com a história da luta política dos trabalhadores; com o nascimento dos primeiros movimentos operários; com a fundação do Partido Socialista e, logo depois, com a fundação do Partido Comunista Alemão. Com a fundação da Cena Livre do Povo (Freie Volksbühne), em 1890, inicia-se o teatro político e o teatro proletário. A Cena Livre do Povo chegou a contar nos anos 20 com até seis milhões de integrantes.
 
“Em grande parte da literatura sobre o dramaturgo alemão omitem-se pontos fundamentais para compreensão do desenvolvimento do teatro político alemão. Em muitas delas Brecht surge como um dramaturgo genial que nasceu ou de geração espontânea ou fruto do teatro burguês alemão. No nosso ponto de vista não foi bem assim que as coisas se passaram. Na busca por teatro materialista e dialético, o escritor de peças foi profundamente marcado pela luta pelo socialismo, pela luta operária e pelo marxismo”, conta Luiz Fernando Lobo, diretor artístico da Companhia Ensaio Aberto.
 
Brecht viveu 15 anos no exílio, longe da sua terra, da sua gente, da sua língua. Sem palco e sem atores criou uma obra decisiva. Com a fundação do Berliner Ensemble, em 1949, cria encenações determinante para a história do teatro. Lembrar esse Brecht e essa luta é o que quer a Companhia Ensaio Aberto, no seu desejo de construção da utopia concreta, perguntando a todos: Que Tempos são esses?
 
“Que Tempos São Esses?” teve sua estreia e primeira edição em 2016 no CCBB / RJ.  Esta edição é um novo experimento cênico, como novas cenas.
 
Sobre o Ano Marx:
No Ano Marx a Companhia Ensaio Aberto se propõe a trabalhar a arte do espectador como Quarto Criador e convidamos nosso público a se aventurar conosco nos ombros desse gigante. Em comemoração ao bicentenário de Karl Marx e aos 25 anos da Companhia Ensaio Aberto realizaremos uma série de atividades públicas conjugando política e arte.
 
Brecht dizia que tão importante quanto desenvolver a arte no palco era desenvolver a arte dos espectadores. Ele queria se dirigir aos filhos da era da mercadoria. Desejava espectadores produtores e não apenas consumidores. Para Brecht, Marx seria o seu espectador ideal. É a partir desse pensamento que lançamos o Ano Marx.
 
Desde a sua fundação a Companhia Ensaio Aberto enxerga em Marx e Engels companheiros que estruturam a espinha dorsal de seus estudos e modos de produção artística. Além do já lembrado Bertolt Brecht, resgataremos outros artistas em nossos trabalhos ao longo do ano de 2018, sem jamais perder do horizonte algo comum a todos eles: A busca por reassociar engajamento e divertimento, palavras que foram historicamente apartadas pelo teatro burguês.
 
A Companhia Ensaio Aberto
A Companhia Ensaio Aberto propôs-se a retomar o teatro épico no Brasil, na formulação de um pensamento crítico e na busca da superação do drama como forma cênica. Um teatro onde o solo do indivíduo desapareceu, onde o centro não está mais no indivíduo, mas no complexo das relações sociais. Tudo começou com O Cemitério dos Vivos, em 1993. Desde então, foram diversas peças que se revezaram em repertório em várias edições diferentes, entre elas Missa dos Quilombos, que ficou em cartaz mais de uma década e tornou-se um símbolo do trabalho do grupo. Os últimos espetáculos da companhia foram Sacco e Vanzetti que ficou em cartaz de 2014 a 2016 e 10 Dias que abalaram o mundo em 2017 comemorando 100 anos da Revolução Russa.
 
O Armazém da Utopia
O Armazém da Utopia é a casa da Companhia Ensaio Aberto desde outubro de 2010. A arquitetura singular, marcada pela estrutura original em aço e pelas paredes de tijolo aparente, preserva a memória do seu passado portuário. Localizado no coração histórico do Rio, o armazém centenário de cinco mil metros quadrados é um espaço múltiplo e dinâmico que sedia eventos culturais de grande porte. Seu espaço é multidisciplinar para democratizar o acesso, promover a inclusão social e a formação do cidadão.
 
Ficha Técnica:
Direção: Luiz Fernando Lobo
Dramaturgia: Luiz Fernando Lobo e João Batista
Direção de Produção: Tuca Moraes
Produção Executiva: Cida de Souza e Renata Stilben
Assistente de direção: Anna Carolina Magalhães
Espaço Cênico: Marcos Apóstolo e Luiz Fernando Lobo
Luz: Cesar de Ramirez
Elenco: Bruno Peixoto, Cláudio Basttos, Gé Lisboa, Geovane Barone, Gilberto Miranda, Henrique Juliano, João Raphael Alves, Luiza Moraes,
Luiz Fernando Lobo, Leonardo Hinckel, Natália Gadiolli, Nady Oliveira, Tayara Maciel, Tuca Moraes, Vinícius Oliveira
Figurinos e Objetos de Cena: Acervo Ensaio Aberto
Assessoria de Imprensa: Lead Comunicação



Duração: 4h e 30 minutos


Temporada:
Sem Informações!


Contato:
2516-4893


Classificação:
Livre


Genero:
Performance




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