Tchekhov é um Cogumelo - SEM INFORMAÇÕES


Sinopse:

A companhia paulistana Estúdio Lusco-Fusco traz ao Rio seu mais recente espetáculo, o consagrado ‘Tchekhov é um Cogumelo’, que estreia sexta-feira, 15 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil.
 
O grupo mergulha no universo de ‘As Três Irmãs’, de Tchekhov, a partir de linguagem que une ficção, neurociência e memória. A versão de 
André Guerreiro Lopes para o clássico russo reúne Djin Sganzerla, Helena Ignez e Michele Matalon em cena, além de videoprojeção com José Celso Martinez Corrêa e procedimento que faz com que a atividade cerebral do diretor seja captada por um capacete de eletrodos e interfira no espetáculo
 
Depois de apresentar o consagrado ‘Ilhada em mim – Sylvia Plath’ (de 3 de maio a 10 de junho no Teatro Poeira), a companhia paulistana Estúdio Lusco-Fusco (www.luscofusco.art.br) vai dar prosseguimento à sua temporada na cidade com seu mais recente espetáculo: ‘Tchekhov é um cogumelo’, a partir 15 de junho no Centro Cultural Banco do Brasil, primeiro no Festival Cena Brasil Internacional (dias 15, 16 e 17, às 19h) e, em seguida, em sessões de quarta a domingo, às 19h. A montagem mergulha de maneira original no universo de ‘As Três Irmãs’, do dramaturgo russo Anton Tchekhov, a partir de linguagem que une ficção, neurociência e memória. A peça foi indicada ao Prêmio APCA de Melhor Espetáculo de 2017, ao Prêmio Shell de Melhor Música e eleita um dos Três Melhores Espetáculos do Ano no júri dos críticos do Jornal Folha de SP.
 
Com direção de André Guerreiro Lopes, ‘Tchekhov é um Cogumelo’ combina múltiplas linguagens para retratar a vida de três mulheres presas em suas memórias de um tempo passado, acuadas por um mundo em transformação. Em cena, Djin Sganzerla, Helena Ignez e Michele Matalon, atrizes de gerações distintas, criam um jogo cênico que embaralha os diversos tempos: serão as três irmãs ou a mesma mulher em três momentos da vida? O cantor Roberto Moura e os dançarinos Samuel Kavalerski e Fernando Rocha completam o elenco. Em uma síntese livre da peça original, espécie de “Três Irmãs haicai”, são abordados temas como apatia, caos, medo e desejo de mudança, ecoando as contradições do tempo presente. O espetáculo marcou uma década da fundação da Cia. Estúdio Lusco-fusco, data celebrada no ano passado, e representa o reencontro em cena de Helena Ignez e Djin, mãe e filha na vida real.
 
Cenas de uma rara videoentrevista gravada em 1995 com o diretor José Celso Martinez Corrêa sobre o processo de criação de ‘As Três Irmãs’ no Teatro Oficina, em 1972, que envolveu o uso de alucinógenos, são projetadas ao vivo, intensificando o jogo entre os tempos e o olhar sobre a peça. A entrevista foi gravada pelo próprio diretor do espetáculo, na época um jovem estudante de teatro.
 
“O espetáculo de certa forma é mental, na medida em que sua matéria prima é a memória: a minha memória do encontro com Zé Celso, capturada em uma fita VHS; a memória das três irmãs, embriagadas de lembranças de um passado bom e sonhando com um futuro, uma espécie de prisão mental; a própria memória do Zé, trazendo à luz sua experiência de 1972. O público participa desse jogo dos tempos para, quem sabe, percebermos juntos a urgência e beleza de se viver o único tempo possível, o agora, o hoje, o tempo presente, que é o eterno tempo do teatro”, analisa André Guerreiro Lopes.
 
Neurociência em cena
A cada apresentação, o diretor André Guerreiro Lopes interfere de forma inusitada no espetáculo. Sentado em silêncio vestindo um capacete de eletrodos, sua atividade cerebral, emoções e ondas mentais são captadas e transformadas em impulsos elétricos, que acionam ao vivo uma instalação sonora e visual criada pelo músico Gregory Slivar. A atividade invisível da mente do diretor interfere na ação, controlando frequências que vibram poças d’água e tocam sinos, completando o mosaico desta experiência teatral.
 
Sobre a videoentrevista com José Celso Martinez Corrêa
Em 1995, o então estudante de teatro André Guerreiro Lopes e mais três colegas marcaram uma videoentrevista com o diretor teatral José Celso Martinez Corrêa. O tema seria a peça ‘As Três Irmãs’, de Tchekhov, abordando a montagem do Oficina de 1972. No encontro, Zé Celso relata os bastidores de um processo criativo único, radical na trajetória do Oficina. As experiências com substâncias alucinógenas permitiram uma compreensão original da obra de Tchekhov, mas o espetáculo representou a ruptura do grupo, dividido entre a busca por um teatro sagrado e um teatro profano. Zé Celso discorre sobre esta experiência em detalhes, em um fluxo, dirigindo-se a jovens estudantes de teatro, contracenando com os movimentos da câmera.  Esse depoimento foi transcrito, editado e publicado no livro ‘PRIMEIRO ATO – Cadernos, Depoimentos, Entrevistas (1958/1974)’, do diretor Zé Celso, e considerado pelo jornalista Bernardo Carvalho como “algumas das passagens mais emocionantes e sensíveis de tudo o que já se disse ou escreveu, em todos os tempos, sobre teatro no Brasil”, em crítica publicada no jornal Folha de São Paulo em 1998. O vídeo, que permaneceu inédito por mais de 20 anos, é pela primeira vez exibido para o público no espetáculo ‘Tchekhov é um Cogumelo’.
 
Sobre André Guerreiro Lopes
Diretor artístico da Cia. Estúdio Lusco-Fusco, explora a intersecção das linguagens do teatro, dança, cinema e artes visuais em espetáculos como “Tchekhov é um Cogumelo” – Indicado ao Prêmio APCA de Melhor Espetáculo do Ano, “A Melancolia de Pandora”, "Ilhada em Mim - Sylvia Plath" - indicado ao Prêmio APCA de Melhor Direção - "O Livro da Grande Desordem e da Infinita Coerência" - escolhido o 2º Melhor Espetáculo do Ano pelo júri da crítica da Folha de SP, entre outros. Recebeu os prêmios de Melhor Ator no 21 º Festival de Cinema Lusco Brasileiro, Portugal e no Festival Internacional de Cinema Fronteira. Como ator convidado, atuou em produções como o espetáculo "Dissecar Uma Nevasca", de Bim de Verdier, apresentado no Brasil, Estocolmo e no Odin Teatret na Dinamarca, nos longametragens “A Moça do Calendário”, "Luz Nas Trevas - A Volta do Bandido da Luz Vermelha" de Helena Ignez, na novela "Sangue Bom" e minisséries “Carcereiros”, "Dercy" e "JK" da Rede Globo. Por seis anos foi membro do Theatre de l'Ange Fou, companhia teatral sediada em Londres, apresentando-se em diversas cidades da Europa, Israel e Brasil. Foi integrante dos grupos CPT, de Antunes Filho, por um ano e Cia do Latão por um ano e meio. É assistente de direção brasileiro do diretor Bob Wilson, nos espetáculos Garrincha – Uma Ópera das Ruas e A Dama do Mar. Entre trabalhos como cineasta, dirigiu "O Voo de Tulugaq", premiado como Melhor Filme da Crítica no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, Portugal e exibido no Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema de SP, NY Film Festival - Lincoln Center e Wexner Center For The Arts, Ohio. Formado em audiovisual na ECAUSP e no Teatro Célia-Helena, especializou-se em teatro físico na International School of Corporeal Mime em Londres, em cinco anos de estudos com os últimos assistentes de Etienne Decroux, Steven Wasson e Corinne Soum. Estudou voz com Rona Laurie da Giuldhall School of Music and Drama de Londres e com Eudósia Acuña Quitero da ECA-USP.
 
Sobre Helena Ignez
Figura de destaque da cultura nacional, Helena Ignez começou no teatro, em 1960, em Salvador, na antológica montagem de ‘A Ópera dos Três Tostões’, de Bertolt Brecht, dirigida por Martim Gonçalves com cenários de Lina Bo Bardi, com Eugenio Kusnet como protagonista. No teatro, trabalhou como atriz com alguns dos mais importantes diretores como Martim Gonçalves, Ziembinski, Antônio Abujamra, José Celso Martinez, Amir Haddad. Em 2007, estreou com André Guerreiro Lopes ‘Um Sonho de A. Strindberg’, da Cia Estúdio Lusco-Fusco, com quem vem trabalhando constantemente. Sob direção de Monique Gardenberg, atuou em ‘Os Sete Afluentes do Rio Ota’. Com o Grupo Satyros, direção de Rodolfo García Vázquez, fez ‘Vestido de Noiva’ e ‘Pessoas Sublimes’, em 2016.
 
Sobre Djin Sganzerla
É atriz, produtora e cofundadora da Cia Estúdio Lusco-Fusco junto com André Guerreiro Lopes. Recebeu diversos prêmios, entre eles o APCA de Melhor Atriz de Cinema de 2008; Melhor Atriz no 12º Festival de Cinema Luso Brasileiro, Portugal; Melhor Atriz no Festival de Cinema de Natal e Melhor Atriz Coadjuvante no 39º Festival de Cinema de Brasília. Em TEATRO, atua e produz “Tchekhov é um Cogumelo”, com direção de André Guerreiro Lopes, Teatro Anchieta 2017; “A Melancolia de Pandora”, com direção de Steven Wasson e André G. Lopes, Sesc Belenzinho 2016; “Ilhada em Mim- Sylvia Plath”, direção André G. Lopes, Sesc Pinheiros, 2014; “O Livro da Grande Desordem e da Infinita Coerência”, direção André G Lopes, Sesc Santana 2013, também em 2013 atua em “ Frank-1, direção Helio Cícero e Samir Yazbek, Sesc Santana; no monólogo “O Belo Indiferente” Sesc Consolação 2011/12; além de ter atuado também com diretores como Antonio Abujamra em “O que é Bom em Segredo é Melhor em Público”; Zé Celso Martinez Corrêa, em “Cacilda!”, Rogério Sganzerla, em “Savannah Bay”, entre outros. Protagonizou a performance teatral “Avoidance” com direção e texto do inglês Jesse Ash apresentado em mais de 18 capitais mundiais em museus e galerias de arte com atores internacionais. Galeria Mendes Wood, São Paulo. Codirigiu com André G. Lopes o “Estranho Familiar”, inspirado no conto O Espelho de Guimarães Rosa. Em CINEMA: atuou em mais de quinze longas metragens, entre eles: “A Moça do Calendário” (2017) e “Ralé” (2016) de Helena Ignez, “Ornamento e Crime” produção portuguesa e direção Rodrigo Areias,(2017), “O Gerente” de Paulo Cesar Saraceni; “Luz nas Trevas - A volta do Bandido da Luz Vermelha” de Helena Ignez e Ícaro Martins; “Meu Nome é Dindi” de Bruno Safadi; “Falsa Loura” de Carlos Reichenbach, entre outros. Em TV foi uma das protagonistas da Série “Motel”, da HBO, com direção de Fabrizia Pinto, 2015, na minissérie do Multishow, Globo Sat, “Ed Mort”, direção Eduardo Albergaria, produção Urca Filmes, entre outras. É coordenadora da Escola Livre de Cinema da Adaap São Paulo, em parceria com a Escola de Cinema de Estocolmo, também atuando no filme rodado no Brasil e na Suécia em março 2018.
 
Sobre Michele Matalon
Trabalhou como atriz-dançarina com o Grupo Marzipan, com o qual também produziu espetáculos como ‘Marzipan 2015’, ‘Tico-Tico’, ‘Marzipan Dança’, ‘Palimpseto’, ‘Manos Arriba’ e ‘Tratar com Murdock’, e com Gerald Thomas. Codirigiu com Monique Gardenberg os espetáculos ‘O Desaparecimento do Elefante’, ‘Inverno na Luz Vermelha’, ‘Um Dia No Verão’ e ‘Os Sete Afluentes Do Rio Ota’. Atuou em ‘Pentesiléias’, com direção de Daniela Thomas e Bete Coelho, e nos seguintes espetáculos de Gerald Thomas ‘Império Das Meias Verdades’, ‘Saints and Clowns’, ‘Morte’, além de produzir ‘The Flash and Crash Days’. Em cinema, foi diretora assistente de projetos como ‘A Moça do Calendário’, ‘Ralé’, ‘Luz Nas Trevas’, ‘Poder dos Afetos’ e ‘Canção de Baal’, de Helena Ignez e do longa ‘Ó Paí Ó’, de Monique Gardenberg.
 
 
Ficha Técnica: 
Direção, Concepção e Adaptação: André Guerreiro Lopes
Texto: Extratos de “As Três Irmãs” de Anton Tchekhov
Elenco: Djin Sganzerla, Helena Ignez, Michele Matalon, Roberto Moura (cantor), Samuel Kavalerski e Fernando Rocha (dançarinos) e André Guerreiro Lopes
Cenário e Figurinos: Simone Mina
Direção Musical e Instalação Sonora: Gregory Slivar
Iluminação: Marcelo Lazzaratto
Assistente de Direção e Direção de Cena: Rafael Bicudo
Projeções: André Guerreiro Lopes
Preparação Vocal e Músicas Tradicionais: Roberto Moura
Direção de Produção: Djin Sganzerla / Estúdio Lusco-Fusco Produções Ltda.
Produção Rio: Sandro Rabello/Diga Sim! Produções



Duração: 90 minutos


Temporada:
Sem Informações!


Contato:
(21) 3808-2020


Classificação:
14 anos




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