A montagem reproduz o cenário onde Freud desenvolvia sua psicanálise, mesmo exilado na Inglaterra em plena segunda guerra mundial em 1939, durante o início da invasão de Hitler. Tempo marcante para história. A caracterização dos atores será a mais próxima possível das duas personagens centrais, o professor C.S Lewis e Sigmund Freud, fazendo acreditar que estamos naquele tempo, não só assistindo mas vivenciando de forma hiper realista. “ É um espetáculo para rir, pensar e se emocionar muitas vezes; difícil reunião em um trabalho de arte. Freud – a última sessão, acaba de ganhar o premio de melhor peça Off Broadway Alliance Awards 2011 e agora vai conquistar o público brasileiro”, avisa a diretora Ticiana Studart.
O espetáculo revive o encontro entre Sigmund Freud, o criador da psicanálise e ateu ferrenho, interpretado pelo ator Helio Ribeiro e CS Lewis, professor da Oxford, escritor e cristão fervoroso, pelo ator Leonardo Netto.
Deus criou o Mundo? Ou será que essas possibilidades são fantasias criadas pelo homem para seu suporte? Falas cortantes, contundentes de ambas as partes cheias de humor. O sarcasmo e a ironia rondam toda essa discussão. O público, pelas idéias contundentes ali propostas se confundirá, por mais ateus e cristãos que sejam. A discussão é sobre Freud, um ateu convicto, não admitir que um intelectual com todas as possibilidades de Lewis, seja um cristão fervoroso.
De forma acessível, temas como religião, psicanálise, sexo e sociedade humana, são abordados. O que é a felicidade? Deus existe? Como encontramos sentido e propósito em nossas vidas? Como conciliamos o conflito do amor e sexualidade? Como lidamos com o problema do sofrimento e a inevitabilidade da morte?
C. S. Lewis e Sigmund Freud argumentam lado a lado, refletindo sobre os pontos fracos e as alternativas aos seus posicionamentos. Certamente o público sairá rindo dos personagens, mas também pensadores da sua fé ou da ausência dela. Poderemos nos posicionar no lado que quisermos, pois teremos acabado de presenciar um recorte de um dos confrontos mais profundos da história. O propósito do espetáculo é olhar para a vida humana a partir de dois pontos de vista diametralmente opostos: as do crente e do incrédulo e examinar a vida em termos dessas duas visões conflitantes.