Esse homem é meu! - SEM INFORMAÇÕES


Sinopse:

Temprana Cia. resgata a tradição da comédia de costumes brasileira ao levar à cena montagem, que tem também como pilares o vaudeville e a estética kitsch de Almodóvar. Comédia estreia no Centro Cultural Justiça Federal no dia 23 de novembro.
 
Deolinda, Glorinda e Lucinda são três irmãs solteironas que não perderam as esperanças de encontrar seus respectivos pretendentes. Deolinda é durona; Glorinda, a carola do clã, e Lucinda, uma manicure que sonha cantar na Rádio Nacional. Sim, estamos em fins dos anos 50, e as três dividem uma casa na bucólica (e fictícia) Vila Serena. A tranquilidade do lar é abalada pela chegada da prima Celeste, que leva consigo o convite para seu casamento. Elas não contavam que Celeste fosse acompanhada de seu noivo, Custódio, um advogado de futuro promissor na capital. E esse reencontro familiar suscita uma série de imprevistos e quiproquós que viram a vida de todos pelo avesso.
 
Esse é o mote de Esse homem é meu!, primeira montagem da Temprana Cia., cuja principal inspiração é a comédia de costumes tipicamente brasileira – que tem em Arthur Azevedo (1855-1908) e Martins Pena (1815-1848) seus principais representantes. O texto, de Jean Cândido Brasileiro e Helena Hamam, bebe também em fontes como o vaudeville, o kitsch (especialmente o dos filmes de Almodóvar) e o terrir de Álex de La Iglesias. Tais influências são evidenciadas na direção e nos figurinos de João Corrêa. O espetáculo, visto já em Niterói, chega pela primeira vez ao Rio de Janeiro, onde poderá ser assistido no Centro Cultural Justiça Federal a partir de 23 de novembro. 
 
A trama acaba por revelar nas três irmãs uma característica em comum: a perfídia. Mas o que as leva a agir de tal forma? A chegada da prima Celeste salienta as gritantes diferenças entre a vida no interior e a da capital. Em razão do modo de vida “jeca” daquelas mulheres – que ainda têm no rádio sua principal fonte de entretenimento --, Celeste acaba por ter um comportamento pernóstico, o que ofende (e muito) as primas. E o troco vem  com um plano, arquitetado de forma a fazer troça da visitante “deslumbrada”. Acontece que os rumos saem do controle, e o tal plano tem consequências inesperadas. Tragicômicas, melhor dizendo. 
 
A Temprana é formada por atores egressos da Universidade do Rio de Janeiro (UniRio) e da escola de teatro Martins Pena. E a montagem de “Esse homem é meu!” tem por embrião uma pesquisa sobre o melodrama, levada aos demais pelos atores vindos da universidade. Essa linguagem fica evidenciada já na primeira cena, na qual Lucinda passa roupa ao som da rádio-novela “Esse homem é meu”, num exemplo claro de metalinguagem. A estética vintage é evidenciada pelo visagismo de Christina Gall, maquiadora atuante no Brasil e no exterior.  E outras são as influências nas quais os autores, o diretor e os atores bebem (e se lambuzam melhor dizendo). A mais evidente delas talvez seja a da estética Kitsch, presente nos primeiros filmes do espanhol Pedro Almodóvar. E essa pista é dada ao público de cara, nas cores vibrantes do cenário e nos figurinos criados pelo diretor João Corrêa, que se inspirou em nomes da década de 50, como Chanel e Dior. 
 
Algumas influências ficam mais subliminares. A dicotomia agrário/urbano nos remete, por exemplo, a Jorge Andrade  (1922-1984), que expôs essa diferença em muitas de suas peças. A proposta conhecida como “terrir”, tão presente em Alex de La Iglesias, é notada em momentos como o da chegada do casal visitante. Eles surgem numa noite chuvosa em que falta luz na casa. E os atores têm o timing essencial para que os quiproquós da comédia não sejam desperdiçados. A plateia não fica dispersa em momento algum – e a temporada em Niterói mostrou isso. Se quiser ver para crer, é só chegar. É, como naquele bordão, diversão garantida ou seu dinheiro de volta.  
Sobre a Temprana Cia de Teatro:
 
“Esse homem é meu!” é a primeira montagem da companhia, formada por atores egressos da UniRio e da Martins Pena. A ideia de formar uma companhia era já um desejo do diretor João Corrêa (ele também bailarino da Cia de Balé de Niterói), do ator e dramaturgo Jean Cândido Brasileiro e da atriz Helena Hamam. E tal vontade começou a ganhar forma em 2013, com o espetáculo “Breve anunciação”, no qual Cândido e Helena atuaram sob a direção de Corrêa. 
 
Ficha Técnica:
Um espetáculo de Jean Cândido Brasileiro e João Corrêa
Texto: Jean Cândido Brasileiro
Colaboração de dramaturgia: Helena Hamam
Supervisão de dramaturgia: Felipe Barenco
Direção de movimento e assistência de direção: Daniel Leuback
Figurinos: João Corrêa
Visagismo: Christina Gall
Cenografia: Alex Sander do Santos e João Corrêa
Desenho de luz: Tadeu Freire
Fotografia: Ronaldo Junger
Assessoria de comunicação: Christovam de Chevalier
Direção de produção: Jean Cândido Brasileiro e Fernanda Esteves
Produção Executiva: Helena Costa
Assistência de produção: Raphael Pompeu e Daniel Scarcello



Duração: 90 minutos


Temporada:
Sem Informações!


Contato:
(21) 4042-6662 | Rio no Teatro (Tel. e WhatsApp)


Classificação:
14 anos


Genero:
Comédia




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