Alessandra Verney: Uma mulher de teatro
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Quando o terceiro sinal é dado e as cortinas se abrem, uma das mais belas e talentosas cantrizes entra em cena, Alessandra Verney é um daqueles nomes e rostos que a gente não esquece. Uma mulher doce, mas de forte personalidade e que construiu uma carreira sólida nos palcos deste país, um nome escrito nas páginas do teatro musical brasileiro.

 

Os primeiros passos começaram já na cidade natal, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Uma história que a própria Alessandra nos conta. “Foi aos sete anos de idade, comecei a fazer aulas de violão e isso incentivou o meu desejo de cantar. O repertório dessa época já era bem variado, passando por Caetano, Roberto Carlos, Beatles e Queen. Depois, comecei a cantar profissionalmente aos dezoito anos de idade, fazia shows em bares, paralelamente às aulas de canto.”, revela.

 

A cantora conta que era muito tímida para fazer aulas de teatro."Sempre fui aficcionada por cinema e tinha muita vontade de ser atriz. Na adolescência, eu era muito tímida pra fazer um curso de teatro e quando comecei a cantar, encontrei uma forma de me expressar artisticamente. Busquei, então, toda forma de estudo que estava ao meu alcance, até ir embora de Santa Maria e também posteriormente, em Porto Alegre, onde morei por quase três anos. Eu tinha acabado de ganhar um prêmio bem conhecido no Sul, o Açorianos, como "Artista Revelação" e resolvi arriscar uma busca por um espaço nacional.”, disse.

 

Foi assim que Alessandra pegou as malas e seguiu em busca de seu caminho repleto de sonhos e se mudou para o Rio de Janeiro.

 

 “ Me mudei para o Rio a fim de investir em minha carreira de cantora e continuei com minhas aulas de canto lírico e popular. Foi então, que comecei a fazer musicais e o trabalho como atriz veio naturalmente. Nunca deixei de estudar canto e as aulas de interpretação também passaram a fazer parte do meu processo artístico.”, diz.

 

“Quando comecei a cantar, ainda pequena, eu já amava os filmes musicais como: "The Sound of Music", "Grease", "My Fair Lady", "Victor ou Victoria", porém, aquele universo todo era uma realidade muito distante. Ao começar a cantar profissionalmente, minha primeira opção foi a música popular. Em determinado momento, pensei até em seguir carreira como cantora lírica, estava me preparando para ir estudar fora, quando os musicais entraram em minha vida e permanecem até hoje.”.

 

Alegria para o público que pode prestigiar Alessandra vivendo lindos papeis no teatro, mas a atriz conta que no próximo ano teremos novidades. “No ano que vem, também quero me dedicar mais à carreira de cantora, voltar a fazer shows, mas quero fazer isso com cuidado e qualidade, o que exige tempo e dedicação.”, afirma.

 

"Cole Porter - ele nunca disse que me amava", "Tudo é Jazz!", "Império", "7 - O Musical", "Um Violinista no Telhado" e "Alô Dolly"  são apenas alguns dos musicais que marcaram sua carreira.

 

Mas falar de Alessandra e musicais no Brasil, sem falar sobre a parceria de sucesso com Miguel Falabella é praticamente impossível. E tudo começou ali, no palco, no lugar onde a cantora mais se sente à vontade.  “Miguel foi assistir a um espetáculo que eu fazia e foi ali que nos conhecemos. Um tempo depois, ele me chamou para fazer o belo papel dançarina Noemi Thierry, a amante de Dom Pedro, no musical "Império".


Foi um grande presente e um papel marcante na minha carreira de musicais. Depois disso, ficamos sete anos sem trabalhar juntos até que ele me convidou para fazer a chapeleira Irene Molloy, em "Alô Dolly". Mais uma vez, ganhei com um papel maravilhoso, além da oportunidade única de contracenar com ele e Marília Pêra. Esse ano, além dar vida à secretária Denise Barcca em "O Que O Mordomo Viu", Miguel me presenteou com a personagem Bibiana, de "Sexo e as Negas", o que me deixou muito feliz e realizada. Sou muito grata a ele por tudo e tenho muito respeito e admiração pela pessoa e o profissional que ele é.”, conta.

 

E de Santa Maria para cá muita coisa aconteceu, entre elas escolhas que mudaram os caminhos da atriz..

 

“Adoro minha cidade, minha família, mas tive que sair de lá em busca de espaço artístico e atrás daquilo que eu sonhava. Optei por ser uma "cidadã do mundo" e estou sempre em busca de novidades, aprendizado e desafios. A vida deu muitas voltas, fico feliz por ter conquistado um lugar ao sol numa carreira tão difícil e tão inconstante, pois é sempre um eterno recomeço.”.

 

Um recomeço que se torna menos doloroso com o apoio da família, mesmo que distante.

 

“Sinto muitas saudades, sinto falta de ter convivido mais com eles, mas sei que entenderam minha escolha profissional e de vida. Guardo com muito amor e carinho todas as vezes em que meus familiares puderam me prestigiar em meus trabalhos.”

 

O fato é que Alessandra Verney, é uma inspiração para quem está chegando e tem o prazer de vê-la, admira-la, ali de perto, uma pintura real, tocável, tangível.

 

“Procuro sempre dar o meu melhor em cada trabalho, é algo que faço com muito amor, entrega e dedicação.”

 

E depois de mais de um ano em cartaz, o espetáculo “O Que O Mordomo Viu”, em que a bela brilha ao lado de grandes nomes, encerra temporada em fevereiro, no Teatro Clara Nunes, no Rio. O Rio No Teatro indica e aplaude. Alessandra Verney deixa seu recado para o público e fãs. "Em tempos de muita informação, redes sociais e programas online, não deixem de ir ao teatro. A troca existente entre o ator e o público é única.”.

 

Troca acompanhada de perto, através  das notas melodiosas, o sorriso, a voz doce, os olhos marejados, a força, os dramas e delírios de cada uma das personagens vividas pela atriz. Personagens que não são mais de Alessandra ou de Miguel, são meus, são seus, são de todos nós, fazem parte das nossas vidas e de momentos únicos que nem mesmo o artista lá do alto do palco pode saber.

 

Por que o show continua dentro e fora do teatro.

 

Texto e entrevista: Alessandro Moura/ Jornalista

Fotos: Fabiano Leandro/ Divulgação

7 O Musical/  Paulo Ruy Barbosa

Alô Dolly/ Caio Galucci

 




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