Giuseppe Oristanio entre cenas, textos e personagens
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O palco, a luz, a ribalta, a boca de cena, por dentro dos camarins, os olhos que invadem a coxia... o primeiro, segundo... o terceiro sinal. Seja provocando aplausos após o termino da sessão ou lágrimas no último capitulo da novela, nosso entrevistado completou no último dia 28 de setembro, 40 anos de carreira,  cercado de amigos, sucessos, cenas e textos.  Giuseppe Oristanio que fez aniversário no dia 15 de outubro é o personagem da semana no Rio No Teatro.

 

O ator que está no sul do Brasil filmando mais um longa-metragem respondeu algumas perguntas de nossa equipe de jornalismo. Giuseppe que é conhecido pela simplicidade é facilmente visto nos corredores do Shopping da Gávea ( onde segue temporada com Doidas e Santas) e é sempre gentil com fãs e admiradores. Oristanio revela que começou cedo e pisou no palco pela primeira vez no palco no ano de 1972, com apenas 13 anos. “Foi meio sem querer, meio sorte, meio destino. E foi bom porque to aqui até hoje. Nunca sequer tive tempo de pensar no que seria quando crescesse.  Não fui eu quem escolheu ser ator, foi a profissão quem me escolheu. E eu sou muito grato por isso.” , revela.

 

“Quando eu era menino achava e quase gritava: Teatrooooo!!! Mas esse é um papo de quem só faz teatro. Eu acho que todos deveriam ter experiências com TV e Cinema. É outra coisa, diferente, sem comparação. Teatro, TV e Cinema, cada qual com suas dificuldades e prazeres. E, cá entre nós, o vice-versa também deveria acontecer. Adoraria ver no palco atores que nunca estiveram por lá.”, reflete.

 

Quando o assunto é a realidade do fazer teatral, Giuseppe Oristanio é pratico e acredita que o segredo é não parar.

 

“Faz 40 anos que eu ouço dizer que o teatro tá em dificuldade, que ninguém vai mais ao teatro, que tudo é difícil, que a coisa só piora. E faz muito tempo que eu não paro, to sempre fazendo uma peça, to sempre em cartaz e, graças aos Céus, to sempre fazendo sucesso - ou quase sempre. Vamos que vamos. E o público vai que vai também...” comenta ele.

 

É fato que o Rio de Janeiro tem vivido um momento único de crescimento no setor cultural. Sejam nas grandes produções musicais ou mesmo na força das companhias que estão sediando os teatros públicos.  E a pergunta que não quer calar para quem vive em uma cidade rodeada pelo glamour da televisão é: -Este crescimento é para todos? Em cima deste raciocínio me atrevo a questionar sobre o que se produz atualmente no cenário cultural carioca.

 

“Eu acho que tem artistas para todo tipo de teatro. Os experimentais, que trabalham para poucos. Os ditos comerciais, que trabalham para o público. E os que fazem questão de não serem vistos por ninguém, parece de propósito. Os que gostam de fazer peças que ninguém sabe pra que serve, que ninguém entende. E, principalmente, peças que não levam em conta o fato de que TEATRO É A ARTE DO ATOR e não colocam gente competente no palco, acreditando da LUZ, NA FUMAÇA, NA ESCURIDÃO E NA AUSÊNCIA DA PALAVRA BEM DEFENDIDA.” , diz o ator.

 

Com 40 anos de carreira, não falta para Giuseppe um leque de opções de personagens para sentir saudades. Histórias, textos e muitos palcos. Apesar de difícil o ator tem saudosismo de um em especial... “Sinto saudades do Artaud... e o personagem dos meus sonhos é o Cyrano de Bergerac. Nariz eu já tenho. (risos)”, confessa.

 

Não poderia finalizar esta entrevista sem falar do sucesso de “Doidas e Santas”. O espetáculo que segue temporada com Cissa Guimarães e Josie Antello. Para Giuseppe a receita é única: “ A verdade. Fazemos de verdade, sem achar que estamos fazendo um clássico. Tentamos diariamente falar ao coração das pessoas e passar pra elas o amor que sentimos um pelo outro dentro e fora de cena. Simples. É só isso. Qualquer teorização sobre sucesso e fracasso é quase sempre improdutiva.”, disse.

 

Rapidinha

 

RNT: Qual a dica para quem está começando.

Giuseppe Oristanio:

Só faça isso se não conseguir se imaginar fazendo outra coisa. Se acha que vai sobreviver (não de grana, de vida mesmo. ) Se acha que vai conseguir continuar vivo fazendo outra coisa, deixe esse negócio de teatro de lado. Isso é pra quem morre se não fizer - e, assim como as outras profissões, não é pra quem quer, é pra quem pode. Não pense que só ter jeito pro negócio basta. Tem que estudar como qualquer outra coisa. E tem que ser teimoso e não se assustar com dificuldade. Se for preguiçoso, desista.

 

RNT: Uma frase...

Giuseppe Oristanio: A esperança é a última que morre...mas morre...

 

RNT: Um recado para o público que te acompanha e torce pelo seu trabalho!

Giuseppe Oristanio: Agradeço sinceramente por ter chegado ao fim desta entrevista, tendo lido tudo. (risos)




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