No camarim com Kiko Mascarenhas
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Conhecido pelo carisma e pela versatilidade de suas personagens , Kiko Mascarenhas se divide entre os palcos, a cena na telona e a TV. Em cartaz com “ Os Altruístas”, o ator brilha ao lado de Mariana Ximenes e grande elenco.  São mais de 25 anos de carreira e fazer artístico.

 

Entre as filmagens de mais um longa e a correria do espetáculo  nosso personagem renova com a TV Globo e ganha um novo papel em “Tapas e Beijos”.  O Rio No Teatro avisa que o terceiro sinal foi dado, as cortinas já estão se abrindo e o show vai começar.

 

RNT: Como começou seu trabalho como ator?

 

Kiko: O começo da carreira aconteceu em 1984, quando fiz parte do elenco de "Os Meninos da Rua Paulo", numa montagem dirigida pelo saudoso Luis de Lima, com adaptação e músicas de Claudio Botelho.

 

RNT: Voce é conhecido pela versatilidade...quais dos seus trabalhos em vídeo mais te marcou?

 

Kiko: A versatilidade sempre foi algo que me encantou no trabalho de alguns atores. Admiro todos os atores, mas tenho especial interesse por aqueles que conseguem essa façanha de se modificarem, de se reconstruírem para um determinado personagem ou linguagem. E a chance de me tornar versátil me foi dada ao longo dos anos, através dos convites que fui recebendo, primeiro no teatro, depois na tv e mais recentemente, no cinema.

 

Não consigo escolher um trabalho que tenha me marcado em vídeo - foram muitos e, pra mim, todos importantes. Mas tenho especial carinho pelo "Sitio do Picapau Amarelo" onde interpretei o Visconde de Sabugosa, também pelo peruano cafajeste Delavega do seriado "Separação?!" e pelo Santo Antônio de "Tapas & Beijos".

 

RNT: No teatro, tivemos oportunidade de te ver em grandes montagens. Atualmente você está em Os Altruistas, como está a temporada?  Fale um pouco sobre sua personagem na peça.

 

Kiko: Costumo dizer que talento não é suficiente. É preciso ter sorte. E eu me considero um ator de sorte por ter freqüentemente boas oportunidades, bons convites, bons personagens. Ano passado tive a sorte de ser convidado pelo Guilherme Weber para interpretar o Ronald, personagem da peça "Os Altruístas". Ele é um assistente social que sonha em encontrar o amor verdadeiro se envolvendo com garotos de programa. Na trama de Nicky Silver (autor de "Pterodátilos" e "Homens Gordos de Saia") Ronald é irmão de Sydney, interpretada por Mariana Ximenez, uma atriz de novela que comete um crime passional e procura seu irmão para ajudá-la.

 

RNT: Tive oportunidade de te assistir em O Zoológico de Vidro, como foi dividir a cena com Cássia Kiss Magro?

 

Kiko: "O Zoológico de Vidro" é outro exemplo da sorte que tenho como ator. Cássia e eu já havíamos trabalhado juntos em "Mephisto", produção do Teatro dos 4 dirigida pelo José Wilker com um mega-elenco. Anos se passaram até nosso reencontro em "Meu Nome Não é Johnny" de Mauro Lima. Ali Cássia me falou sobre o projeto com direção do Ulysses Cruz e algum tempo depois estávamos em temporada com a peça. Cássia é uma atriz extraordinária, versátil e com uma generosidade e uma sinceridade sem tamanho. Aprendemos muito, um com o outro ao longo dessa temporada e nos prometemos novos trabalhos juntos em breve.

 

RNT: Dos espetáculos que fez, qual tem mais saudade?

 

Kiko: Não sinto saudade de nenhum espetáculo, de nenhum personagem. Quando se encerram as temporadas, é como o fim de uma história, de um ciclo, de uma etapa. Sinto saudade de verdade é da companhia dos colegas de cena, da convivência. Minha profissão me deu muitos amigos ao longo desses anos e, com a vida corrida, muitos ficaram distantes. Às vezes sonho em montar uma peça com todos os meus queridos e talentosos amigos só pra tê-los mais perto.

 

RNT: Um personagem que você ainda tem desejo e sonho de fazer...

 

Kiko: Prefiro a surpresa de um convite, uma escalação, portanto, nem vale citar esse ou aquele personagem que me interessaria fazer. Ando (sempre) de olho nos personagens de Shakespeare, de Tchecov, do Labute, Nicky Silver... Meu interesse vai do clássico ao contemporâneo, sem preferências.

 

RNT: Como é seu trabalho de composição de personagem? Você parece ter facilidade em criar "tipos" sem estereótipo.

 

Kiko: Sempre parto de mim. É sempre esse o ponto de partida, já que é onde me encontro: em mim. Alguns personagens me obrigam à me distanciar desse ponto inicial e eu tento ir ao encontro deles. Outros, eu trago para perto de mim mesmo. Meu trabalho como ator é observar o humano (por mais lugar comum que isso possa soar). Me interesso verdadeiramente pela forma como as outras pessoas vivem, falam, se expressam, olham, caminham, agem. Quando recebo um personagem nas mãos procuro, antes de tentar qualquer coisa, antes de dar qualquer passo, ouvir o que ele tem pra dizer, entender seu universo através do que está escrito no texto, do que ele diz ou do que os outros dizem à respeito dele. É assim que começo. Sem saber onde vou parar.

 

RNT: No cinema você também tem sido figurinha fácil...quais os próximos projetos?

 

Kiko: O cinema é uma história relativamente recente na minha trajetória como ator. Já fiz alguns filmes e atualmente as oportunidades no cinema têm sido mais freqüentes e significativas. Meu primeiro longa foi "Viva Voz", em 2001, uma comédia dirigida pelo Paulo Morelli e produzida pela O2 filmes. Em 2012 contabilizo 10 longas no currículo e, insisto, me considero um ator de sorte. Esse ano estarei nas telonas em "Reis e Ratos", novo filme do Mauro Lima, "Totalmente Inocentes", primeiro longa do Rodrigo Bittencourt produzido pela Mariza Leão e atualmente estou filmando "Sorte Grande" dirigido pelo Roberto Santucci, que deve ser lançado ainda em 2012.

 

RNT: Uma frase...

 

Kiko: Gosto da a boa e velha citação de Jean Cocteau: "Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez."

 

RNT: Um recado para os fãs que te acompanham no Rio No Teatro.

 

Kiko: Prestigiem o teatro. É ali, no teatro, que se dá o encontro verdadeiro entre nós, atores e platéia. Ali compartilhamos um momento único, singular, efêmero porém eterno. Viva o teatro, viva o público de teatro, viva os atores que fazem a história dessa arte tão antiga e tão humana! Evoé, nós todos!

 




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