"Na escola eu já tinha interesse em fazer teatro, eu era aquele cara que contava piada, imitava os professores e os colegas da sala. Quando foi chegando a época de decidir o que cursar pensei em fazer comunicação. Fiquei na dúvida entre jornalismo e publicidade, mas logo optei pela Escola de Teatro e não parei mais. A Escola de Teatro Dirceu de Matos, que ficava ali em Rio Comprido foi um divisor de águas para mim. Ali passaram nomes como Murilo Rosa, Renato Rabelo e Humberto Martins. Foi ali que decidi o que eu faria da minha vida." afirma.

 

"Falando a Veras" que eu já faço há cinco anos é o meu cartão de visitas. As pessoas passaram a me conhecer e teve então uma repercursão de público e mídia. Através dos shows de humor é que eu tive a possibilidade de ter bons convites e destaque.Logo comecei a fazer a "Turma do Didi" e depois entrei para o elenco do Zorra Total, em 2009." ressalta.

 

Quando questionado sobre um espetáculo importante em sua carreira, Veras volta no tempo e revive seus tempos como "Espantalho": "Uma peça importante na minha carreira foi a peça "Mágico de Oz", foi muito bacana. Eu fazia o "Espantalho" no espetáculo com a Carla Diaz e confesso que eu sou apaixonado pela história. Tinha uma produção caprichosa com efeitos e slides.Eu não sou saudosista com relação a personagens. O "Espantalho" eu amava. O trabalho de corpo era incrível. "

 

Marcos Veras revelou ainda que tem apego com suas imitações."Eu me apego mesmo com as imitações e algumas tenho um carinho especial, como a que faço do Ed Motta e a que faço com do Daniel. Minha paixão atual são os três personagens que faço em "Atreva-se".", ressalta.

 

Sendo reconhecido como um dos nomes que mais se destacam no humor desta nova geração, Veras conta que gostaria de fazer outros gêneros. "Tenho vontade de fazer outros gêneros. Antes de ser humorista e comediante eu sou ator. A vida me levou para isso. No "Atreva-se" são três personagens que trabalham a linha da comédia com uma levada dramática. A direção é de Jô soares, a cara do Jô.O texto é do Maurício Guilherme. A peça é diferente de tudo que está em cartaz na cidade. Tem suspense, mistério e humor. Tem características muito próprias. É uma grande paródia dos filmes em preto e branco. A interpretação é melodramática."

 

Sobre o trabalho com Jô Soares, o ator é direto: "Ser dirigido por Jô soares é uma experiência inesquecível. O Jô é cuidadoso, preciso e deixa a gente criar. Ele entende a necessidade da criação e dá corda para o elenco." conta.

 

 

 

RNT:Um conselho para quem quer seguir a carreira.

Marcos Veras:Tá na moda se tornar ator, mas primeiro é preciso ter vocação. Vontade não é vocação. Estude e persista. Trabalhe e tenha disciplina. tudo parte do palco, como dizia  Paulo Autran "Teatro é a arte do ator.".

 

RNT:Uma frase, digo mais uma frase (risos)

Marcos Veras:Uma outra frase interessante é "Nada mais humorístico do que o próprio humor quando pretende definir-se", do filosofo alemão Friedrich Hegel.

 

RNT:Um recado para seus fãs aqui do Rio No Teatro.

Marcos Veras:Cariocas, prestigiem o teatro carioca de todos os gêneros. Vá ao teatro!

 

 

Texto e entrevista: Alessandro Moura