Um rosto conhecido das telinhas e que acaba de encerrar temporada com o clássico de Nelson Rodrigues “A Falecida”. Após uma temporada de sucesso no Teatro Maison de France, a atriz Bianca Rinaldi se prepara para novos rumos.
Linda, simples e cativante. Adjetivos que acompanham de longe a bela que brilha em cena na vida e na arte. Nossa equipe conversou com Bianca ainda durante a temporada carioca do espetáculo e se surpreendeu com a presença de palco e a delicadeza da atriz. Ela faz questão de fazer sua maquiagem, seu cabelo e acompanha cada entrada e saída de cena. Concentrada ela apareceu com um largo sorriso para conversar com o RNT.
Para conhecer um pouco mais de sua história perguntamos como começou seu interesse pelo mundo das artes.
“Quando eu comecei a trabalhar com a televisão e não foi com as artes cênicas. Esse contato que me fascina. É o que o que o artista pode causar nas pessoas, mexer com a emoção das pessoas. Foi ai que eu pensei: - Eu quero fazer isso na minha vida. Eu quero mexer com a emoção das pessoas. Seja com um personagem bonzinho ou vilão. Sempre tem que ter algo que possa alegrar, agradar ou alertar o público.”
Apesar de não ter nenhum artista em casa, Bianca revela que sempre foi apoiada e incentivada pela família. Isso desde os tempos de paquita.
“Eu comecei trabalhando com a Xuxa. Fiz uma série de testes e trabalhei com ela por cinco anos. Foi no final do trabalho com ela é que comecei a me interessar mais pela dramaturgia, até por ser fã de novelas, de cinema e teatro.”
Se não era um trabalho de atriz, como será que foi essa ponte entre a ajudante de palco da Xuxa e a carreira solida e respeitada de atriz?
“Difícil sempre é, mas eu encarei muito bem este novo desafio. “
Muitos não sabem, mas a bela dos palcos também foi ginasta. “Fui ginasta dos cinco aos treze anos, eu trinquei o osso da minha bacia. Até poderia ter continuado, mas recebi um tratamento tão ruim do professor, que acabei me desmotivando.”, revela.
Apesar de ter encerrado a temporada no Maison de France, o RNT acredita que a peça “A Falecida” terá vida longa. Foram dois anos de idealização.
“Eu era admiradora do Moacir (Goes) e convidei ele para trabalhar no teatro. Foi ai que ele me veio com o texto “A Falecida”. São muitos amigos que se envolveram de corpo e alma neste projeto independente de dinheiro. O Moacir é o grande maestro desta orquestra toda. Ficamos dois meses ensaiando.”
Com um currículo de novelas e de protagonistas perguntamos a atriz sobre a importância do trabalho em grupo, em tempos do ator-produtor.
“Assim como a TV, se um não coopera para o outro aquele produto que é maravilhoso não vai ser. Trabalho em grupo. Sorriso e aperto de mãos. Isso é o que funciona sempre, trabalho de grupo.”, afirma.
Mas ela não para e promete nos brindar ainda com muitas vilãs e mocinhas. A atriz que está com o média metragem “Sinal” participando de uma série de festivais, acaba de ser contratada pela TV Globo. Se Bianca Rinaldi segue a carreira com o objetivo de emocionar as pessoas, ela pode seguir tranquila, pois está conseguindo. Aplausos e assovios para “A Falecida” e para a atriz Bianca Rinaldi.
Entrevista: Daniel Graveli - Texto: Alessandro Moura