CRÍTICA | O Filho da Mãe

O Filho da Mãe

 

Eduardo Martini brilha com sutileza e humor do cotidiano

 

Situações hilárias para rir e de divertir em momentos que causam emoção e reflexão. O espetáculo “O Filho da Mãe”, em cartaz no Teatro Vanucci, na Gávea  tinha tudo para ser apenas mais uma comédia recheada de clichês e salpicada de bordões cômicos, mas tem fundamentação e vai muito além atingindo lugares incomuns.

 

O texto de Regiana Antonini traz momentos de flashback e revisita a história de uma mãe (Eduarto Martini) e seu filho (Bruno Borges). Deliciosa relação com conflitos do cotidiano que causam identificação imediata na plateia. Assim começa esse dialogo ao som de Tim Maia.

 

Valentina é uma publicitária que, apesar de ser apaixonada pelo rebento, muitas vezes priorizou o trabalho. Com o jovem prestes a sair de casa para estudar em Nova York, ela entra em crise. O texto, estruturado como se fossem contos independentes, ganha um formato de sitcom que agrada à plateia.

 

Eduardo Martini brilha na pele de Valentina e constrói sua personagem sem apelar para a caricatura, tudo é baseado na sutileza e humor do cotidiano. O ator se destaca nas entradas e saídas e está sempre na medida certa, valorizando o texto e colocando o espetáculo acima do lugar comum. Bruno Lopes vai bem e tem a difícil tarefa de dividir a cena com um ator talentoso como Martini. Com adaptações para o Rio de Janeiro citando lugares, bairros e outras referências da Cidade Maravilhosa, o ator só perde no sotaque. Não se sabe se a personagem é paulista ou carioca...Vale lembrar que o ator é feito de escolhas.

 

A cenografia é usual e traz o apartamento de Valentina em muitas fases de sua vida. O figurino contemporâneo auxilia os atores nas trocas de cena e os auxiliam nas passagens de tempo. A iluminação cumpre seu papel e dá as nuances necessárias para a montagem.

 

O espetáculo está em cima dos atores e do texto de Regiana Antonini. A direção de Eduardo Martini é minuciosa trabalha o ator e todas as variações de planos (entre médio, baixo e alto). Martini sabe aproveitar o espaço.

 

Comédia surpreendente para ser acompanhada por mães, avós, filhos e filhas de todos os cantos deste país. O Rio No Teatro aplaude Eduardo Martini, Regiana Antonini E Bruno Lopes!

 

* Independente das críticas profissionais, sugerimos que assista aos espetáculos e faça suas próprias críticas.
* Acesse a página do espetáculo e veja também a opinião do público geral nos comentários.

 

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