CRÍTICA | As Mulheres de Grey Gardens - O musical

As Mulheres de Grey Gardens - O musical

 

 

A Sala Baden Powell em Copacabana é o palco escolhido para a montagem brasileira de "As Mulheres de Grey Gardens - O musical", com direção de Wolf Maya. A versão brasileira é de Jonas Calmon Klabin e vale ressaltar que o musical conta ainda com versões de Claudio Botelho.

 

No elenco, Suely Franco e Soraya Ravenle dividem a personagem Edith Bouvier Beale em épocas diferentes, assim como Soraya e Carol Puntel na pele de Edie Beale. Outros grandes  nomes do cenário musical brasileiro integram o elenco: Guilherme Terra (George Strong), Jorge Maya (Brooks/Norman Vincent Peale)), Raquel Bonfante (Jacqueline Bouvier), Sofia Viamonte (Lee Bouvier), Pierre Baitelli (Joseph Patrick Kennedy Jr.), Sandro Christopher (J. V. Bouvier) e Danilo Timm(Jerry).

 

O release enviado pela assessoria deixa bem claro o que pode ser esperando de Suely Franco e Soraya Ravenle em cena. Tudo acaba ficando naquela mansão, tudo permanece em Grey Gardens.

 

"Elas costumas ser lembradas como as excêntricas tia e prima de Jacqueline Kennedy - Edith Ewing Bouvier Beale (1895-1977) e sua filha, Edith Bouvier Beale (1917-2002). Grey Gardens é a mansão de East Hampton, elegante balneário próximo a Nova York, em que Edith cria Edie e seus outros dois filhos. Enquanto os irmãos mais novos conseguem, quando adultos, descolar-se da casa e da família, a primogênita fica presa à relação com a mãe, ambas com vocações artísticas que não se concretizam. Edie tenta ser modelo e atriz em Nova York, na década de 40, mas fracassa e retorna para nunca mais sair de Grey Gardens".

 

O espetáculo de fato gira em torno dos conflitos da família e da aristocracia, mas o enredo se perde quando falamos das pretensões artísticas e na dependência com a mãe. Vale dizer que a estrutura narrativa da montagem é de fato uma pérola. Os números musicais são brilhantes e o elenco conta a história com naturalidade.

 

Aplausos e assobios para Soraya Ravenle e Suely franco que exploram suas personagens e as tornam criveis para o público. Carol Puntel que dá vida a Edie Beale também merece ser citada por seu trabalho de construção de personagem e delicadeza cênica.

 

A cenografia de Bia Junqueira é de beleza e auxilia a contar a história. A mansão vai mudando de configuração e no segundo ato reaparece imersa em lembranças, no passado. A iluminação de Luiz Paulo Nenem ajuda no clímax das cenas e favorece inclusive os figurinos de Marta Reis. Não posso finalizar este texto sem citar a direção musical de Carlos Bauzys e Daniel Rocha, a regência de Juliano Dutra e a belíssima execução dos músicos envolvidos em "As Mulheres de Grey Gardens - O musical".

 

Confesso que esperava um pouco mais do deslumbramento dessas mulheres, de viver um pouco daquele tempo e até daquela decadência. O espetáculo não me causa identificação, porém vale ser visto e aplaudido pelas belas interpretações e canções. Salve Suely e Soraya.

 

* Independente das críticas profissionais, sugerimos que assista aos espetáculos e faça suas próprias críticas.
* Acesse a página do espetáculo e veja também a opinião do público geral nos comentários.

 

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