CRÍTICA | Gonzagão - A Lenda

Gonzagão - A Lenda

 

É ao som do Rei do Baião que escrevo este texto que chega cheio de alegria após uma memorável noite de reestreia do espetáculo “Gonzagão-A Lenda”. Cores vibrantes, amores, ilusões, histórias do cangaço e as músicas que marcam estes e outros tantos tempos.

 

A direção do espetáculo é primorosa  e João Falção abusa dos recursos da cultura nordestina, faz uma releitura do cordel e dá vida e voz a uma trupe de artistas com coração partido. No elenco Marcelo Mimoso, Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Eduardo Rios, Fábio Enriquez, Paulo de Melo, Renato Luciano  e Ricca Barros dividem a cena com a estonteante Laila Garin. A atriz brilha em cena e merece aplausos e assobios com sua linda “Branca”.

 

O roteiro musical também é assinado por Falcão que faz um verdadeiro show de canções encenadas, apesar disso quando constrói a narrativa João Falcão peca ficando tudo de forma muito superficial. Quem não conhece a vida de Gonzagão sai de lá sem saber de fato o que viu. No entanto é preciso ressaltar que o objetivo do espetáculo é cumprido e a saga da trupe de artistas faz a costura e desde o início do musical se desculpam pelos possíveis deslizes e relevantes ausências.

 

Os figurinos de Kika Lopes são impecáveis. A conceituada figurinista acerta na mão nos detalhes, na cartela de cores e na pesquisa dos tempos de Gonzagão. É lindo perceber como o figurino ajuda o elenco a contar essa fabulosa história.

 

A cenografia é simples, porém usual. Sergio Marimba que também faz os adereços de cena teceu uma grande colcha de renda para ornar o cenário. Tudo se torna uma grande rede de histórias e canções. É poesia pura na mais bela simplicidade.

 

Palmas para a direção de movimento de Duda Maia que deixa o elenco em perfeita sintonia, a preparação vocal de Carol Futuro, a beleza dos arranjos de Alexandre Elias e sua  equipe. E não dava para encerrar este texto sem citar o choro comovente de Beto Lemos que faz um solo de rabeca de arrepiar a plateia.

 

É difícil chorar e rir em um só trabalho. É difícil fazer chorar e rir em apenas uma montagem. Mais difícil ainda quando falamos de um musical nacional que encanta o público por igual e segue sua terceira temporada de sucesso. Eu não vou mostrar como se dança um baião...mas quem quiser conferir vale ir até o Theatro Net Rio e prestar bastante atenção!

 

* Independente das críticas profissionais, sugerimos que assista aos espetáculos e faça suas próprias críticas.
* Acesse a página do espetáculo e veja também a opinião do público geral nos comentários.

 

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