CRÍTICA | E Foram Quase Felizes para Sempre

Heloísa Périssé brilha em seu primeiro monólogo

 

Atriz supera fragilidades do texto e garante gargalhadas

 

Em cartaz no Teatro Vanucci “E foram quase felizes para sempre” coloca em cena um conto de fadas moderno, onde a personagem principal é mais do que contemporânea. Em cena Heloisa Périssé estreia seu primeiro monologo. A atriz também assina a autoria do texto que é a parte mais frágil da montagem.

 

O espetáculo é quase um stand up de uma personagem. Um desabafo para a plateia de uma mulher que confessa seu relacionamento conturbado com Paulo Vitor. A escritora de “Cantinho pra Dois” passa mais de um ano viajando para os melhores lugares do mundo em que se é possível aproveitar uma lua de mel inesquecível e agora se vê só.

 

A reflexão da mulher moderna, independente, que trabalha fora e é autossuficiente é colocada em cena junto a necessidade de se ter um grande amor. O texto que fala sobre o relacionamento não chega a ser clichê, mas também arranha apenas a superfície do tema não trazendo novas discussões e provocando outras sensações. O que salva o enredo é o processo de identificação da plateia.

 

O cenário de Miguel Pinto Guimarães é básico e pratico sendo usual em todo o projeto de encenação de Suzana Garcia, que trabalha com o imaginário da plateia e cria imagens com a atuação de Heloisa. A iluminação de Maneco Quinderé é simples, mas traz um requinte digno de sua história no teatro. O trabalho é consistente e ajuda a direção.

 

Brigas, queixas, amores e desamores. Se os diálogos não tem força, as trocas de personagem são momentos brilhantes e de muita gargalhada. Heloisa que é conhecida do grande público como comediante, continua sendo incrível. A atriz ganha o público com seu carisma e talento. A personagem tem força e segura a plateia do inicio ao fim da montagem.

 

A trilha sonora é assinada por Alexandre Elias e insere a plateia no universo da personagem. O figurino de Rita Murtinho é simples, mas traduz a personalidade de Letícia (Heloisa Périssé).

 

Apesar do texto abordar uma relação que beira o clichê é possível ver o público rindo de si mesmo. Suas histórias de amor e suas decepções. Heloisa é uma atriz como poucas, que transita muito bem pelo humor e pelo drama. Espetáculo vale ser visto e aplaudido.

 

* Independente das críticas profissionais, sugerimos que assista aos espetáculos e faça suas próprias críticas.
* Acesse a página do espetáculo e veja também a opinião do público geral nos comentários.

 

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